CONGRESSO NACIONAL REAGE ÀS AMEAÇAS DOS EUA E DEFENDE SOBERANIA DO BRASIL
- Alexandre Costa

- 16 de jul.
- 2 min de leitura

Em resposta à escalada de tensões diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declararam na quarta-feira (16/7) que o Congresso Nacional está unido em defesa do país, diante do que classificaram como uma “agressão” por parte do governo norte-americano.
A declaração ocorreu após reunião com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, na residência oficial do Senado. O encontro contou ainda com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e de diversos senadores e deputados federais.
A crise diplomática teve início após o anúncio da Casa Branca, de que os EUA passarão a cobrar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A justificativa apresentada pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump é de que o Brasil estaria perseguindo politicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.
Davi Alcolumbre foi enfático ao afirmar que o parlamento brasileiro não aceitará interferências externas nos assuntos internos do país. “Vamos defender a soberania nacional, os empregos dos brasileiros e os nossos empresários”, afirmou o presidente do Senado. Ele também elogiou a condução do governo Lula na crise, destacando o papel de Alckmin como coordenador do comitê de negociação. “O presidente Lula acertou ao empoderá-lo para conduzir essas tratativas sem abrir mão dos interesses do nosso povo”, declarou.
Hugo Motta reforçou o discurso de unidade nacional e lembrou que o Congresso aprovou recentemente a Lei da Reciprocidade Comercial, que autoriza o Brasil a adotar medidas de retaliação contra países que impuserem barreiras comerciais ao país. A lei foi regulamentada pelo presidente Lula nesta semana, e pode ser usada como instrumento direto contra a ofensiva norte-americana.
“Estamos prontos para estar na retaguarda do Poder Executivo. Decisões externas não podem interferir na soberania nacional”, afirmou o presidente da Câmara.
Os líderes do Congresso destacaram ainda que o momento exige “firmeza e serenidade”, defendendo que o Brasil mantenha o diálogo diplomático, mas sem abrir mão de sua dignidade diante das pressões de Washington.
O encontro também serviu para demonstrar a ampliação do apoio político ao governo federal, inclusive por parte de setores do centro político e de representantes do setor industrial, todos preocupados com os impactos econômicos e institucionais das tarifas impostas pelos EUA.
A crise se insere em um contexto geopolítico mais amplo, marcado pela ascensão de lideranças de extrema-direita e por uma tentativa de setores internacionais de desestabilizar governos progressistas na América Latina. A reação articulada dos Três Poderes em defesa do Brasil é um sinal de que, neste momento crítico, a soberania nacional não estará à venda. 📲 CURTA, COMPARTILHE, COLABORE E CONTRIBUA
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