BRASILEIROS REAGEM AO TARIFAÇO DE TRUMP COM BOICOTAÇO A PRODUTOS DOS EUA, A PARTIR DE 1º DE AGOSTO
- Alexandre Costa
- 30 de jul.
- 2 min de leitura
POR REDAÇÃO | ESQUINADEMOCRATICA.COM.BR

A partir de sexta-feira, 1º de agosto, começa no Brasil um movimento espontâneo e organizado de boicote aos produtos e serviços de origem americana. A mobilização surge como resposta direta à medida anunciada pelo presidente Donald Trump de taxar produtos brasileiros com uma tarifa de 50%. A reação é clara: se os EUA impõem barreiras ao Brasil, os consumidores brasileiros podem impor um bloqueio ao consumo.
A proposta de taxação, segundo Trump, é uma resposta à postura do Supremo Tribunal Federal em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro. No Brasil, a medida foi recebida como uma tentativa de violar a soberania nacional e um ataque à democracia, por conta da tentativa frustrada de golpe, em 8 de janeiro de 2023.
SOBERANIA É RESISTÊNCIA
A campanha do boicote, popularizada nas redes sociais com hashtags como #BoicoteJá, #BrasilResiste, #TarifaÉAtaque e #TrumpNãoMandaAqui, propõe que consumidores brasileiros deixem de comprar produtos ou contratar serviços de empresas norte-americanas.
Entre os principais alvos da campanha estão gigantes da tecnologia, da alimentação e da moda.
Além disso, o governo brasileiro analisa possíveis práticas comerciais desleais por parte dos Estados Unidos, como no caso das tecnologias financeiras (Pix) e no setor do etanol. Os Estados Unidos abriram uma investigação sobre essas práticas, alegando que o Brasil pode estar prejudicando a competitividade de empresas americanas.
Em relação ao Pix:
Os Estados Unidos questionam a participação do governo brasileiro no sistema de pagamento eletrônico, alegando que isso poderia afetar empresas como Visa, Mastercard e American Express.
O governo brasileiro, por sua vez, argumenta que o Pix é um instrumento de inclusão financeira e que sua eficiência pode ser comparada a métodos de pagamento americanos.
Em relação ao etanol:
Os Estados Unidos reclamam da tarifa de importação de 18% imposta pelo Brasil sobre o etanol americano, que antes era isento de impostos.
O Brasil alega que, em contrapartida, o açúcar brasileiro enfrenta restrições de acesso ao mercado americano, com uma cota limitada e tarifas elevadas fora dessa cota.
Outras questões:
Além do Pix e do etanol, os Estados Unidos também mencionaram a questão da pirataria na Rua 25 de Março, em São Paulo, e a proteção de direitos autorais, bem como a questão do desmatamento e combate à corrupção no Brasil.
Possíveis desdobramentos:
A investigação pode levar a medidas retaliatórias por parte dos Estados Unidos, como tarifas sobre produtos brasileiros.
O governo brasileiro busca a negociação para resolver as questões comerciais, mas também está preparado para adotar medidas em caso de retaliação.
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