BRASIL SAI DO MAPA DA FOME COM APOIO DO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA), DA CONAB
- Alexandre Costa

- 29 de jul.
- 2 min de leitura

O Brasil está oficialmente fora do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), conforme relatório divulgado na segunda-feira (28). A conquista foi registrada no Relatório sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, que aponta que o país ficou abaixo do patamar de 2,5% da população em situação de subnutrição — critério adotado para figurar no Mapa da Fome.
A saída do Brasil da condição crítica de insegurança alimentar foi alcançada no curto período de dois anos, considerando que 2022 foi um dos momentos mais graves da fome no país. Os dados se referem à média trienal 2022/2023/2024, e refletem a retomada de políticas públicas de combate à pobreza e à fome, coordenadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre as iniciativas fundamentais para essa virada estão o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Cozinha Solidária, ambos operacionalizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As ações envolveram a compra direta de alimentos produzidos pela agricultura familiar e sua distribuição para famílias em situação de vulnerabilidade, escolas, cozinhas comunitárias e comunidades indígenas.
De acordo com o presidente da Conab, Edegar Pretto, entre 2023 e 2024 foram investidos R$ 1,04 bilhão na aquisição de 132 milhões de quilos de alimentos. “Essa comida chegou a quem mais precisa, diretamente na mesa das famílias em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar”, afirmou. Pretto também destacou a atuação da Conab em ações emergenciais, como o envio de mais de 160 mil cestas de alimentos ao povo Yanomami, e a assistência prestada em estados atingidos por crises climáticas, como Amazonas, Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Sul.
A vitória também está ancorada em uma série de políticas públicas articuladas, como o plano Brasil Sem Fome, que reúne programas como Bolsa Família, valorização do salário mínimo, crédito para produção de alimentos, incentivo ao emprego, à qualificação profissional e ao empreendedorismo.
“Essa vitória é fruto de políticas públicas eficazes (...). Todas as políticas sociais trabalhando juntas para ter um Brasil sem fome e soberano", declarou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
As estatísticas confirmam os avanços. Em dois anos, o país retirou cerca de 24 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave, reduziu a pobreza extrema a 4,4% (mínimo histórico) e alcançou a menor taxa de desemprego desde 2012 (6,6%). O rendimento médio mensal per capita chegou a R$ 2.020 e o índice de Gini, que mede a desigualdade social, recuou para 0,506 — o menor da série histórica.
Esta é a segunda vez que o governo Lula consegue tirar o Brasil do Mapa da Fome. A primeira foi em 2014, após mais de uma década de políticas públicas consistentes. O retrocesso teve início em 2018, com o desmonte dos programas sociais, o que fez o país retornar à lista da vergonha mundial no triênio 2018/2019/2020. Agora, o Brasil retoma seu protagonismo no enfrentamento à fome e à miséria, mostrando que é possível reconstruir com vontade política e compromisso social.
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📸 Foto: Catiana de Medeiros/Conab📍 Legenda: Entrega de alimentos do PAA a cozinha solidária do Rio de Janeiro








