O domingo, dia 12 de junho, é de tristeza e revolta no mundo inteiro, em função do tiroteio que matou 50 pessoas e deixou outros 53 feridos em uma boate de Orlando, na Flórida, com público predominante de LGBT. Os investigadores estão tratando o tiroteio como um ato de terrorismo. O suspeito não é de Orlando e pode ter ligação com ideologias do extremismo islâmico. Segundo informações passadas às agências de notícias, o atirador portava um rifle e uma arma de pequeno porte, além de um "dispositivo" não identificado. Segundo apurado até o momento não há relação com o ataque a tiros na noite de ontem, também em Orlando, que matou Christinna Grimmie, ex-participante do programa "The Voice". Fontes confirmaram para a CBS que autoridades estão investigando Omar Mateen de Port St. Lucie, na Flórida, um cidadão americano de 29 anos sem antecedentes criminais. Segundo a CNN, a família do atirador seria do Afeganistão e ele tinha treinamento sobre armas.
O número de mortos faz do ataque o mais fatal decorrente de tiroteio em massa na história dos Estados Unidos, depois do massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos, segundo a Reuters. Ao lado de representantes da polícia local, FBI, médicos e um líder muçulmano, o prefeito da cidade, Buddy Dayer, lamentou dar a notícia de que o número de mortos dentro da casa noturna Pulse é maior que o estimado anteriormente. O agressor também morreu durante a troca de tiros com a polícia.
O ataque começou por volta das 2h (3h no horário de Brasília). O suspeito trocou tiros com o segurança do lado de fora e correu para o interior da boate, onde estavam cerca de 320 pessoas, segundo a polícia. Por volta das 3h locais, a página da boate no Facebook postou: "Todos saiam da Pulse e continuem correndo". A polícia chegou a estourar uma porta com um veículo armado, o que ajudou 30 pessoas a fugirem, e eventualmente invadiu o local. "Às 5h nesta manhã, foi tomada a decisão de resgatar as vítimas mantidas reféns dentro do local. Nossos policiais trocaram tiros com o suspeito.
Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, determinou que o governo federal forneça toda a assistência necessária a autoridades locais de Orlando. Ele foi informado sobre o ocorrido por Lisa Monaco, assistente do presidente para Segurança Interna e Contraterrorismo, disse em comunicado a Casa Branca. "O presidente pediu para receber atualizações regularmente sobre o trabalho do FBI e de outras autoridades federais com a Polícia de Orlando", informou a Casa Branca. "Nossos pensamentos e orações estão com as famílias e com os entes queridos das vítimas", diz o comunicado. Hillary Clinton, candidata democrata à presidência, definiu o ato como "terrível". "Acordei com notícias devastadoras da Flórida. Enquanto aguardamos mais informações, meus pensamentos estão com aqueles que foram afetados por este ato terrível", publicou ela no Twitter.
Donald Trump
O candidato republicano à presidência, Donald Trump, também falou via Twitter: "Tiroteio muito feio em Orlando. Polícia investiga possível terrorismo. Muitas pessoas mortas e feridas."
Itamaraty
O Itamaraty afirmou que, por enquanto, não há registro de brasileiros entre as vítimas. A polícia identificou o suspeito como Omar Saddiqui Mateen, 27, nascido em Port St Lucie, na Flórida, embora o FBI não tenha confirmado o nome durante a segunda entrevista coletiva do caso. Segundo a rede CNN, a família do atirador seria do Afeganistão e ele tinha treinamento sobre armas. O caso é investigado pelo FBI como um possível ataque terrorista doméstico.