Retorna em cartaz "A mulher que queria ser Micheliny Verunschk"
- Alexandre Costa
- 28 de mar. de 2024
- 3 min de leitura

Retorna ao cartaz no próximo dia 05 de abril, após exibições em dezembro do ano passado, no Estúdio Stravaganza, “A Mulher que Queria ser Micheliny Verunschk”, romance de Wilson Freire, novo espetáculo da Cia. Stravaganza, com atuação de Sandra Possani e direção de Adriane Mottola. O espetáculo estará em cartaz também nos dias 6, 7, 12, 13 e 14 de abril, sempre de sexta-feira a domingo, às 20 horas.
Micheliny traz ares marítimos de uma mulher que, desde pequena, só conhece a dor. Adolescente, foi apresentada ao sexo de jeito forçado. Crescida, quis ser escritora. Achava que as pessoas aprendiam a ler olhando as letras, as palavras dos livros e elas pulavam para dentro dos olhos e saíam pela boca - ela diz, deixando escapar a ingenuidade de uma garota educada num ambiente masculino, em zona portuária.
Micheliny sai pouco de seu aquário, seu contato com o mundo são os homens que passam por sua vida, mas logo se vão, em seus navios. A personagem é um “porto sem cais”, vê a vida passar e sumir no mar, em constante imobilidade, mas sua imaginação é gigante: gosta de garatujar letras, cascavilhar ideias, chafurdar frases à procura da inspiração para contar a sua própria história.
Mas como, sem um nome à altura dessa enorme tarefa, um pseudônimo de escritora? Que mulher você é? Qual a roupa que te veste? Que mulher você gostaria de ser? Estas são algumas das perguntas que tensionam o romance e consequentemente a encenação. Wilson Freire define por NOME a roupa que nos dão, vestimos ou rasgamos. A protagonista não aceita seu nome, a roupa que lhe deram, quer subverter seu destino anunciado, reescrever a sua biografia. Num mundo que a imobiliza, ELA QUER SER, vai lutar para achar o seu espaço, é uma alma buscadora.
Um espetáculo onde está presente a condição feminina como a percebemos: um espaço violentado, colonizado, como esta pátria nossa, estuprada e corrompida desde o seu “descobrimento”.
“A Mulher que Queria ser Micheliny Verunschk” tem Fernando Kike Barbosa, Adriane Mottola, Angela Spiazzi (também Diretora de Movimento e Assistente de Direção) e Sandra Possani como Dramaturgistas, Cenário de Rodrigo Shalako, Figurino de Liane Venturella, Iluminação e Videografia de Ricardo Vivian, Cena Sonora de Álvaro Rosacosta (Música “El Tiempo Teje Historias” – de Álvaro – com arranjo, violões e charango de Beto Chedid, voz de Simone Rasslan e edição e percussão também de Álvaro) , Maquiagem de Miriã Possani, Designer de Identidade Visual de Pingo Alabarse, Redes Sociais de Duda Cardoso e Vitor Stiff como Estágiario de Iluminação. Realização da Cia. Stravaganza, Produção de Amora Produções Culturais.
O Dramaturgo Wilson Freire estará acompanhando as apresentações do primeiro final de semana e participa de um bate-papo no dia 06, sexta-feira. Wilson Freire é cineasta, compositor e escritor pernambucano. Nasceu em São José do Egito, Pernambuco, em 1959.
Reside em Recife desde 1976. Médico, produtor cultural, poeta, cordelista, roteirista, cineasta e compositor. Artista de múltiplos talentos, Wilson Freire é nome bastante conhecido no cenário cultural de Pernambuco. Em Recife começou a militância artística junto ao Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco (MEIPE) participando de encontros e recitais.
Seu livro "Porque mãe Morena?" foi um dos que obtiveram maior visibilidade na época e "Os Martelos Agalopados" ganhavam vida na recitação do poeta. Publicou, dentre outros, "A Mulher queQue Queria Ser Micheliny Verunschk" e "A Única Voz". Realizou os filmes "A Pernalonga da História" (Menção Honrosa Festival de Vídeo do Recife), 2005; "Dor: Expressão e Superação", 2005; "Miró: Preto, Pobre, Poeta e Periférico" (vencedor da Mostra Pernambucana de Vídeos do Cine PE – 2008); "Feliciano Espera a Última Sessão", vencedor do Prêmio de Melhor Direção de Arte do 1° Festival de Vídeo de Cascavel (PR); "PS: Solo Pernambucano", documentário feito em dupla com Leandro Godinho, sobre a trajetória do escritor Marcelino Freire.
Financiamento PRÓ-CULTURA RS FAC, aprovado no Edital SEDAC n° 16/2021 / FAC das Artes de Espetáculo.
O QUÊ: estreia de “A Mulher que Queria ser Micheliny Verunschk”, novo espetáculo da Cia. Stravaganza. QUANDO: 05 a 14 de abril de 2024, sexta-feira a domingo, 20 horas. O bar do Estúdio Stravaganza abre às 19 horas.
ONDE: Estúdio Stravaganza (Rua Dr. Olinto de Oliveira, 68 – Bairro Santana). QUANTO: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada), através de https://www.sympla.com.br/evento/a-mulher-que-queria-ser-micheliny-verunschk/2378933
LOTAÇÃO: 35 PESSOAS POR SESSÃO.