Que venha a primavera das mulheres, por Silvana Conti*
- Alexandre Costa
- 7 de set. de 2024
- 3 min de leitura

É tempo de esperançar e renovar nossa fé na vida, nossa força, nossa união e nossa coragem!
Para reconstruir e transformar Porto Alegre, em uma cidade boa para as mulheres, e, portanto, boa para toda a população.
Estamos em setembro e a PRIMAVERA vai chegar!
Com Maria e Tamyres, a vida vai melhorar!
As desigualdades sociais estão escancaradas em Porto Alegre, a opção de gestão da nossa cidade é nítida, menos serviço público de qualidade, mais privatização, menos políticas públicas para atender as necessidades do povo, e mais exposição da educação nas páginas policiais.
Vivemos em maio de 2024 uma crise climática, institucional e civilizatória, em que o acirramento da luta de classes se apresentou na fase mais aguda da crise estrutural do capitalismo, tendo a barbárie, o racismo ambiental e a violência institucional como regra na organização de nossa cidade. Isto significa: O povo em último lugar.
É muito importante destacarmos que o Estado, o capitalismo, o racismo e o machismo, estão estruturalmente relacionados. As formas sociais de mercado, propriedade privada, dinheiro, finanças, liberdade e igualdade são moldadas para garantir o controle da sociedade nas mãos do grupo dominante.
Nos últimos 8 anos, o cenário foi agravado pela sucessão dos governos ultraliberais de Marchezan e Melo. Em Porto Alegre, a gestão de Melo representa, em sua essência, o triste legado do bolsonarismo, da política de morte e do descaso que atinge grande parte do nosso povo.
São inúmeros e graves os problemas enfrentados com a venda dos serviços de manutenção em lote, bem como a precariedade das políticas públicas – marca dessa administração.
Quando a democracia precisou do Melo, ele ficou com Jair Bolsonaro e com seu candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni, duas figuras que representam o negacionismo, a antipolítica, o ataque ao Estado Democrático de Direito, dentre outras aberrações.
A ausência de um projeto de desenvolvimento na cidade restringe as perspectivas de futuro e é o combustível para o aumento da violência que ameaça a vida das mulheres e a vida de nossos(as) jovens, principalmente jovens negros/as de periferia.
Porto Alegre tem, hoje, quase 30 mil analfabetos/as, ao tempo em que o acesso ao jardim para crianças de 4 e 5 anos, etapa obrigatória da educação básica, não se encontra assegurado; tampouco o acesso à creche que se configura em interseccionalidade entre as políticas educacionais e da assistência às mulheres, indo ao encontro da sua emancipação; principalmente às mães negras da periferia, lhes permitindo acesso à vida comunitária e ao mundo do trabalho.
A rede de assistência social foi desmontada e o povo vive um cotidiano muito duro com a subtração de direitos. Ainda, os escândalos de corrupção na educação aprofundam a crise na cidade.
A entrega da CARRIS à empresa Viamão, conhecida por atrasos, preços altos e ônibus ruins, ganhou a Carris. É que transporte público deve ser público. Quem não entende isso, rifa patrimônios da nossa cidade.
As inúmeras investidas para vender o DMAE, ao invés de fazer investimentos para garantir segurança para nossa cidade.
O sistema de proteção contra as cheias é composto principalmente por um conjunto de diques, que inclui o muro da Mauá e 23 casas de bombas. A constatação é de que as comportas estavam com as estruturas enferrujadas, emperradas, e, portanto, sem condições objetivas de proteger a cidade das águas do Guaíba.
SIM! O PREFEITO É O RESPONSÁVEL!
Fatos recentes que antecedem a tragédia: A Prefeitura de Porto Alegre não investiu um real sequer em prevenção a enchentes em 2023.
Está por vir um novo tempo!
Onde as flores trarão suas essências da mudança, da renovação e da esperança!
E os frutos que foram plantados por Olívio, Tarso e Raul, e por todos/as nós que construímos uma Porto Alegre referência internacional da democracia e da participação popular, estaremos juntos/as com Maria e Tamyres, nossas representantes nesta batalha eleitoral tão importante para termos nossa Porto Alegre feliz outra vez.
Que venha a primavera das mulheres!
A unidade é necessária para construirmos uma Porto Alegre com democracia e participação popular, justiça social, trabalho digno, moradia, segurança, educação de qualidade, saúde para todos/as, diversão, arte, políticas públicas de qualidade para atender as necessidades do povo, e o direito de voltar a sonhar, esperançar, tendo liberdade de expressão e liberdade para amar.
Lutamos por uma Porto Alegre:
LIVRE DO RACISMO, DO MACHISMO, DA LGBTFOBIA, DO CAPACITISMO, e livre de qualquer forma de violência e opressão.
Em 2024, é preciso coragem e #unidadeporPOA, para interromper esse ciclo de atraso.
Nossa organização e mobilização nas ruas e nas redes é fundamental para termos uma bancada na Câmara Municipal, representativa, aguerrida, forte, do campo democrático e popular, que defenda os direitos de todo o povo de Porto Alegre.
Acreditamos que podemos mudar de verdade para melhor nossa cidade. * Silvana Conti é professora aposentada, feminista, militante da luta antirracista, mestra em políticas sociais e presidenta do PCdoB de Porto Alegre.