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Foto do escritorAlexandre Costa

OS 100 PRIMEIROS DIAS DO GOVERNO LULA NO BRASIL DEVASTADO PELO BOLSONARISMO


A segunda-feira (10/4) marca os 100 primeiros dias do terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além de enfrentar a tentativa de um golpe de estado (que se resumiu a invasões e depredações das sedes dos poderes da República), Lula e sua equipe encontraram um Brasil devastado pelo Bolsonarismo. A cada dia, o desafio de reconstruir o país se revela gigantesco, como se estivesse em uma corrida contra o tempo.


Mesmo diante de tantos obstáculos, o presidente relançou programas sociais como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e Mais Médicos e vem cumprindo as promessas de campanha, como dar fim às privatizações e combater a fome. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), projeto em que o governo compra a produção de pequenos produtores da agricultura familiar e repassa para pessoas que estão em vulnerabilidade alimentar, é apenas uma das iniciativas nestes 100 dias de compromisso com o povo brasileiro.


"Os problemas herdados eram tantos e em tantas frentes que o termo 'reconstrução' foi incorporado ao slogan do governo federal, precedido de outra palavra-chave: 'união'. Não existem dois Brasis, o Brasil de quem votou em mim e o Brasil de quem votou em outro candidato. Somos uma nação", afirmou Lula. No texto, o presidente citou várias iniciativas nestes seus primeiros três meses de governo, como o reajuste médio de 36% para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), em que são repassados valores aos estados e municípios para a compra de merenda escolar destinas a alunos de todas as etapas da educação básica pública.


Iniciativas junto aos povos indígenas, na área da cultura e voltadas às políticas de igualdade racial e de combate à violência de gênero foram tratadas como prioridades pelo governo. "Nestes primeiros 100 dias, priorizamos o que era inadiável. Começando pelo necessário, para fazer o possível", escreveu. Decidido a fazer do Brasil um país mais desenvolvido, justo e soberano, com paz, harmonia e oportunidades para todos, Lula escreveu um artigo, publicado pelo Correio Braziliense, analisando os primeiros passos desta longa caminhada ao qual tomamos a liberdade de chamar de "reconstrução".

leia abaixo o artigo


O Brasil voltou!

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA - Presidente do Brasil Neste 10 de abril, meu terceiro mandato como presidente da República chega à marca dos 100 dias. É um período curto se comparado aos 1.460 dias de trabalho para os quais fui eleito pela maioria do povo brasileiro. Ainda assim, 100 dias foram suficientes para revertermos um cenário estarrecedor, identificado pelos quase mil especialistas dos nossos grupos de transição. Os problemas herdados eram tantos e em tantas frentes que o termo "reconstrução" foi incorporado ao slogan do governo federal, precedido de outra palavra-chave: "união". Não existem dois Brasis, o Brasil de quem votou em mim e o Brasil de quem votou em outro candidato. Somos uma nação.

Vivemos em um único país e precisamos da união de todos para reconstruí-lo. Nestes primeiros 100 dias de governo, trabalhamos incansavelmente para devolver dignidade e qualidade de vida ao povo brasileiro, em especial aos 33 milhões de vítimas da fome. O Bolsa Família voltou ainda mais forte, com valores adicionais para crianças e adolescentes. Mais de 21 milhões de famílias já receberam os novos benefícios. Apenas no Distrito Federal, 172 mil famílias foram pagas já em março e 71 mil delas tiveram o adicional de R$ 150 para cada criança de até seis anos.

Os valores do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), congelados há seis anos, tiveram reajuste médio de 36%. Reativamos também o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que beneficia tanto os pequenos produtores rurais quanto quem mais precisa de comida na mesa. E retomamos a Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, destinada às famílias de baixa renda.

Na área da saúde, tão afetada pelo desmonte orçamentário, recriamos o Mais Médicos. Já abrimos 15 mil vagas para profissionais que atuarão nos municípios mais necessitados. No Distrito Federal, serão 52 profissionais. Lançamos o Movimento Nacional pela Vacinação, para reverter os danos causados pelo negacionismo, e investimos na redução emergencial das filas para consultas, exames e cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS). Criamos e trouxemos de volta ministérios importantes. O da Igualdade Racial, para reparação histórica ao povo negro deste país. O das Mulheres, para o combate à violência de gênero e à desigualdade no mundo do trabalho. O MinC, para fazer novamente da cultura uma extraordinária ferramenta de geração de riqueza, além de parte fundamental de formação da nossa identidade. O dos Povos Indígenas, juntamente com a reorganização da Funai, para fazer justiça aos primeiros habitantes deste país.

Reestabelecemos o Plano de Ação para Prevenção e Enfrentamento do Desmatamento na Amazônia Legal. Enfrentamos o genocídio do povo ianomâmi, com ações emergenciais nas áreas de saúde e combate à fome, e a firme repressão ao garimpo ilegal. Acabamos também com a liberação descontrolada de armas, que provocou o aumento dos casos de feminicídio e de acidentes domésticos envolvendo crianças.

Para a roda da economia voltar a girar, formulamos um marco fiscal realista e responsável, que mantém o equilíbrio das contas públicas e garante que os pobres estejam no orçamento. Retomamos o investimento em infraestrutura: apenas em 2023 destinaremos R$ 23 bilhões para obras, mais do que o total investido nos últimos quatro anos. Retomamos 14 mil obras que estavam paralisadas pelo país. Entre elas, estão 10 obras em creches e escolas públicas do Distrito Federal, com recursos do FNDE.

Enfrentamos calamidades, dialogamos com prefeitos, governadores, deputados, senadores e sociedade civil. Promovemos a harmonia entre as instituições e a defesa intransigente da democracia e dos direitos humanos. Deixamos o triste papel de pária internacional, graças à retomada da nossa política externa ativa e altiva.

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