Lula convoca comandantes das Forças Armadas para atos em defesa da democracia no 8 de janeiro
- Alexandre Costa

- 3 de jan.
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O ato em defesa da democracia, que será realizado na próxima quarta-feira (8/1), a partir das 11h, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, é uma resposta à tentativa de golpe tramada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e que completa dois anos. No final de 2024, a Polícia Federal revelou detalhes do plano, que previa a execução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Os três comandantes das Forças Armadas participam da atividade, atendendo à convocação do presidente Lula, que descerá a rampa do Palácio do Planalto, acompanhado de ministros e autoridades, para um abraço simbólico à democracia. O evento contará com a presença do general Tomás Paiva, comandante do Exército; do brigadeiro Marcelo Damasceno, comandante da Aeronáutica; e do almirante Marcos Olsen, comandante da Marinha. Também estarão presentes o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco.
No dia 21 de novembro de 2024, a Polícia Federal indiciou 37 pessoas pela trama de um golpe de Estado, incluindo os atos de 8 de Janeiro, que teriam o objetivo de remover do poder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2022. No dia 11 de dezembro, outros três militares foram indiciados. Entre eles, Braga Neto, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro, que se tornou o primeiro general quatro estrelas preso na história do Brasil. No total, foram 40 o número de prisões motivadas pelo frustrado golpe de Estado.
O repúdio aos ataques de 8 de janeiro de 2023 tem um forte apelo junto à opinião pública. Nos últimos meses, as prisões de militares acusados de tramarem o golpe, somadas ao pacote de corte de gastos, que atinge também as Forças Armadas, geraram um clima de tensão entre a caserna e o governo.







