top of page

EX-MINISTRO ALEXANDRE PADILHA PEDE ACESSO A ACORDOS ENTRE O GOVERNO BOLSONARO E A ASTRAZENECA


O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) quer ter acesso integral a todos os acordos assinados entre o governo Bolsonaro e a multinacional AstraZeneca, que receberá US$ 300 milhões para produzir uma vacina contra a covid-19, sem oferecer qualquer garantia ao Brasil. O requerimento de Padilha foi divulgado em primeira mão pelo correspondente internacional Jamil Chade.

Na solicitação, datada de 9 de outubro, o deputado pede que "sejam prestadas informações completas por parte do Ministério da Saúde acerca das medidas deste Ministério para garantir a oferta de vacinas contra à COVID-19 para a população brasileira".

Chade informa ainda que o ex-ministro da Saúde quer "cópia integral do acordo de cooperação/protocolo de intenções/memorando de entendimento, ou qualquer outro instrumento assinado pelo Ministério da Saúde ou entidades vinculadas junto a empresas que são potencias fornecedoras de vacinas contra à COVID-19, com ênfase na AstraZeneca e da aliança COVAX".


PÉSSIMO NEGÓCIO

O Brasil fez um mau negócio ao decidir comprar, por US$ 300 milhões, a vacina da multinacional AstraZeneca contra a Covid-19. É o que revela o correspondente internacional Jamil Chade, em reportagem publicada no portal Uol. “O acordo da AstraZeneca com o governo brasileiro revela que a empresa estrangeira impôs condições sobre a venda da futura vacina contra a covid-19, pagamento de royalties, manteve a patente sobre o produto e poderá até mesmo definir o que considera como a data do final da pandemia, já a partir de julho de 2021”, aponta o jornalista.


Pelo acordo, o Brasil terá acesso a 100 milhões de doses da futura vacina, mas não será indenizado caso a vacina se prove ineficaz. “Pelo acordo com a empresa britânica, fica ainda estabelecido que, se a vacina não der resultados, não haverá um reembolso”, aponta Chade. Ele também revelou que a AstraZeneca fica com o direito de estabelecer o fim do período da pandemia.


O correspondente também noticiou nesta quinta-feira que o governo brasileiro optou por não se aliar a um projeto da Índia e África do Sul para pedir a suspensão de todas as patentes de vacinas e tratamentos contra a covid-19, o que foi lamentado pelo ex-chanceler Celso Amorim. “O Brasil liderava um movimento internacional por quebra de patentes e hoje nem participa mais das discussões”, diz ele. Na prática, o governo Bolsonaro decidiu pagar caro por um projeto que pode não ter resultado algum, sem qualquer garantia. Chade procurou a Fioruz e a AstraZeneca, e não obteve retorno.

 
 
  • Facebook
  • Youtube
Sem nome (1000 x 600 px) (1000 x 400 px) (1000 x 300 px) (1).png

Apoie o jornalismo livre, independente, colaborativo e de alta integridade, comprometido com os direitos e as liberdades coletivas e individuais. Participe dos novos modelos de construção do mundo das notícias e acredite que uma outra imprensa é possível. Contribua financeiramente com projetos independentes e comprometidos com esta concepção de comunicação e de sociedade. Dê um presente hoje com o olhar no amanhã.

 

O Esquina Democrática é um blog de notícias, ideologicamente de esquerda e sem fins lucrativos. Além de fazer parte de uma rede de mídia alternativa, comprometida com a credibilidade do JORNALISMO, não se submete às avaliações métricas, baseadas na quantificação de acessos e que prejudicam a produção de conteúdos e colaboram com a precarização profissional.

COLABORE

BANCO 136 - UNICRED
AGÊNCIA 2706
CONTA 27928-5
ALEXANDRE COSTA
CPF 559.642.490-00

PIX 559.642.490.00 (CPF).png
Pausing While Typing_edited.jpg
bottom of page