ELUCIDAR O ASSASSINATO DE MARIELLE E DE ANDERSON É UM DESAFIO QUE SE IMPÕE AO BRASIL PÓS-BOLSONARO
- Alexandre Costa

- 4 de mai. de 2023
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Atualizado: 6 de mai. de 2023

O militar da reserva do Exército Ailton Barros, preso nesta quarta-feira (3) pela Polícia Federal (PF) na operação sobre cartões de vacina fraudados, disse que sabe quem mandou matar a vereadora Marielle Franco.
O crime ocorreu em 2018. A afirmação de Barros foi feita durante uma conversa entre o militar e o então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, também preso na operação. Em uma das conversas que foram captadas com autorização judicial pelos investigadores, Ailton Barros citou o nome do ex-vereador do Rio de Janeiro Marcelo Siciliano, eximindo-o de responsabilidade no assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes. Existe uma espécie de vazio em relação ao período entre o impeachment fraudulento de Dilma Rousseff e a derrota do fascismo bolsonarista na eleição que levou Lula à presidência da República. Preencher esta lacuna deixada pela ausência do Estado é um desafio imprescindível e determinante para os rumos do Brasil. A elucidação do crime, dos autores, dos mandantes e a real motivação desse brutal assassinato devolve ao país a esperança de que a Justiça e os órgãos de segurança pública possam fazer frente ao crime organizado e suas ramificações. Trazer a verdade à tona e punir os envolvidos, independente de quem sejam eles, não será apenas uma demonstração de coragem diante do poder das milícias. Elucidar este caso, sem dúvida, é uma demonstração efetiva do avanço do Brasil como nação civilizada.
O militar Ailton Barros, preso na operação sobre cartões de vacina fraudados, afirmou saber quem mandou matar a vereadora Marielle Franco, em 2018. A revelação de Barros foi feita durante uma conversa entre o militar e o então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, também preso na operação.
“Eu sei dessa história da Marielle, toda irmão, sei quem mandou. Sei a p**** toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada aí”, afirmou.
A fala sobre o assassinato foi captada aleatoriamente pela polícia e deve ser investigada no inquérito específico sobre o caso Marielle.







