Luiz Inácio Lula da Silvas (PT) foi eleito presidente do Brasil no domingo (30/10) em uma disputa extremamente acirrada com Jair Bolsonaro (PL). Lula obteve 60.345.999 votos (50,90% dos votos válidos) enquanto Bolsonaro somou 58.206.354 votos (49,10%). A diferença de Lula para Bolsonaro foi de apenas 2,1 milhões de votos. Pouco antes das 20 horas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que o segundo turno da eleição para presidente estava definida matematicamente. Com o resultado, Lula entra para a história como o único presidente do país eleito para um inédito terceiro mandato.
Desde a redemocratização do país, esta foi a eleição com a menor diferença de votos entre os candidatos a presidente do Brasil. Esta também foi a primeira vez que um presidente não conseguiu se reeleger no Brasil. De acordo com o TSE, dos 156.454.011 eleitores aptos a votar, apenas 124.252.796 (79,41%) compareceram às urnas, número equivalente a 79,41%. Os votos válidos totalizaram 118.552.353. A abstenção somou 32.200.558 (20,59%), os votos nulos foram 3.930.765 (3,16%) e os votos em branco somaram 1.769.678 (1,43%). No total, foram apuradas 472.075 seções eleitorais, a última delas no Amazonas.
Ainda no domingo, Lula fez o seu primeiro pronunciamento, após a confirmação da sua vitória. Além de agradecer o povo brasileiro, o petista afirmou que governará o Brasil para todos, assumindo um compromisso feito durante a campanha. A prioridade número um de Lula será combater a fome e criar condições para que todos os brasileiros tenham acesso a pelo menos três refeições por dia.
“Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário. Se somos o terceiro maior produtor mundial de alimentos e o primeiro de proteína animal, se temos tecnologia e uma imensidão de terras agricultáveis, se somos capazes de exportar para o mundo inteiro, temos o dever de garantir que todo brasileiro possa tomar café da manhã, almoçar e jantar todos os dias”, explicou.
Também argumentou que o Brasil precisa retomar o protagonismo internacional, fazer a economia crescer, atraindo investimentos externos, lutando contra a crise climática e protegendo todos os biomas, sobretudo o da Amazônia, com meta de desmatamento zero.
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