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BRASIL REGISTRA 299 MORTES PELO COVID-19 E ISOLAMENTO DE BOLSONARO INDICA POSSIBILIDADE IMPEACHMENT

Foto do escritor: Alexandre CostaAlexandre Costa

Dados do Ministério da Saúde divulgado na tarde desta quinta-feira (2/4) indicam a morte de 299 pessoas e outras 7.910 infectadas pelo novo coronavírus. Este é o maior crescimento diário de mortes (48 óbitos) desde o início do surto no Brasil. Também é o terceiro dia seguido que o país registra mais de mil novos casos confirmados, no período de 24 horas. O índice de letalidade no Brasil voltou a crescer, chegando a 3,8%. Ainda assim, o percentual é inferior ao à média mundial, que ultrapassa 5%.



Mesmo diante de um cenário dramático, o presidente Jair Bolsonaro segue defendendo a suspensão imediata do isolamento social no país, posição irresponsável que contraria a indicação da Organização Mundial de Saúde e do próprio Ministério da Saúde. Cada vez mais desgastado, Bolsonaro voltou a atacar o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, demonstrando total incapacidade de exercer o cargo de presidente da República.



Para piorar a sua situação, o presidente concedeu entrevista à rádio Jovem Pan e afirmou já ter “pronto na mesa” um decreto que determina a suspensão da quarentena. As declarações foram dadas em entrevista ao programa do jornalista Augusto Nunes. Na manhã desta quinta-feira, Bolsonaro postou um vídeo em seu perfil no Facebook em que uma mulher pede, na porta do Alvorada, que ele coloque o Exército nas ruas e ataca com violência os governadores e a imprensa "Pode ter certeza que a senhora fala por milhões de pessoas”, respondeu o presidente.

IMPEACHMENT

Jair Bolsonaro está isolado dentro e fora do Brasil. Não tem apoio do Congresso, do STF, da sociedade e até das Forças Armadas. Além disso, sua relação com a imprensa é cada vez pior. No dia 31 de março, o colunista do Diário do Centro do Mundo, Kiko Nogueira, escreveu que "a Folha de S.Paulo relatou que ele tem chorado diante de interlocutores diversos, desamparado e que agora procura apoio dos militares". A postura de Bolsonaro em relação ao coronavírus fez com que o presidente fosse chamado de genocida. Após desrespeitar o isolamento social e convocar manifestações pelo fim da quarentena, Bolsonaro foi denunciado pelo deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ) à Organização Mundial de Saúde, por expor a população brasileira ao risco de morte por coronavírus. Em novembro do ano passado, o presidente já havia sido denunciado ao Tribunal Penal Internacional (TPI) por "incitar o genocídio e promover ataques sistemáticos contra os povos indígenas do Brasil". A denúncia foi feita por grupo de advogados e militantes que fazem parte do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu) e da Comissão Arns - entidades que reúnem juristas e acadêmicos com o objetivo de mostrar violações aos direitos humanos.


Com a popularidade despencando a cada dia e com a imagem totalmente desgastada, Bolsonaro tem sido motivo de críticas e de chacotas. O descontentamento dos brasileiros com o presidente pode ser medido pelo número de assinaturas reunidas em uma petição incorporada ao pedido de impeachment de Jair Bolsonaro, protocolado por deputados do PSOL (Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e David Miranda) e que em apenas 13 dias ultrapassou 1 milhão de assinaturas. O documento online foi criado no dia 18 de março e será incluído no pedido.


Ontem, quarta-feira (1/4), a Câmara dos Deputados recebeu novo pedido de abertura de processo de impeachment contra o presidente. Mas o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM), informou que ainda não tomou conhecimento do pedido. O advogado paulista Carlos Alexandre Klomfahs alega que o presidente cometeu crime de responsabilidade quando autorizou a divulgação de um vídeo sobre o golpe militar de 31 de março de 1964. Klomfahs considera que o presidente Jair Bolsonaro provou animosidade entre as forças armadas e as instituições civis no país.

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