AS VERDADES DITAS PELO ATOR PEDRO GOMES SOBRE O EX-JUIZ SERGIO MORO AO VIVO NA CNN
- Alexandre Costa
- 25 de mar. de 2023
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Sem papas na língua, o ator Pedro Cardoso causou constrangimento aos jornalistas da CNN ao chamar a atenção para o tratamento dispensado ao senador Sergio Moro (União Brasil -PR), durante um programa na última quarta-feira (22/3). Vale lembrar que o ex-juiz legislou em causa própria para perseguir e prender Luiz Inácio Lula da Silva, impedindo-o de concorrer na eleição de 2018, na qual Jair Bolsonaro se elegeu presidente, tornando-se, posteriormrnte ministro daquele governo.
Moro "está sendo tratado como se fosse uma pessoa digna, correta", disse o ator. "Esse homem (Sergio Moro), moralmente desqualificado, recebe toda essa atenção porque foi vítima de uma ameaça. Estou muito mais preocupado com milhões de outras pessoas permanentemente ameaçadas e que não serão noticiadas. Ameaça à vida dele (Moro) é lamentável. Agora milhões de brasileiros são ameaçados todos os dias pela pobreza em que vivem, pela proximidade com o crime organizado", alfinetou Cardoso.
"É uma pessoa que tramou junto a um procurador para colocar uma pessoa na cadeia", disse o ator em referência à condenação e à prisão política do atual presidente Lula da Silva (PT) quando Moro era juiz da Lava Jato.
A Vaza Jato (diálogos entre membros do Judiciário paranaense no contexto da operação e com divulgação a partir de 2019) começou a ser divulgada em 2019 e deixou mais evidente a parcialidade de Moro. Segundo as conversas, o parlamentar agia como uma espécie de assistente de acusação ao interferir na elaboração das denúncias, que devem ser feitas por promotores do Ministério Público Federal (MPF-PR).
Após tirar Lula da campanha de 2018 ao determinar a prisão dele, Moro aceitou ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), mas saiu do governo alegando tentativa de interferência na Polícia Federal, subordinada à pasta.
Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão anteriormente proferida pela Segunda Turma da Corte no sentido de declarar a suspeição dele nos processos contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2022, quando tentava candidatura ao Senado, Moro foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral e, como consequência, decidiu ser candidato pelo Paraná.