Triste Porto Alegre!, por Paulo de Tarso Riccordi*

Sebastião Melo não cuida de Porto Alegre. Só pensa em vender a empresas particulares setores da prefeitura. Mas não fiscaliza. Os empresários trabalham mal e Porto Alegre apodrece. A coleta do lixo, desde que foi privatizada é essa nojeira.

O bairro Farroupilha/Santana é uma lixeira a céu aberto:

1) Nem a prefeitura nem os empresários fazem campanhas educativas - repetidas e enfáticas - para a população não jogar lixo reciclável nos contêineres exclusivos para lixo orgânico;

2) moradores irresponsáveis jogam no contêiner dos orgânicos tudo que é reciclável;

3) craqueiros jogam tudo pra fora pra catar o que possa ser trocado por "pedras";

4) a fiscalização da prefeitura omissa não existe mais e a coleta do lixo gagueja, possibilitando que o lixo seja espalhado nas calçadas do Farroupilha/Santana dia após dia;

5) as chuvas arrastam para os esgotos esse lixo espalhado. Com a extinção do Departamento de Esgotos Pluviais, não há mais boca-de-lobo que não esteja entupida.

Assim, qualquer chuva mais forte faz transbordar e a água tomar as calçadas.

Sebastião Melo e seus amigos empresários não têm competência para gerir serviços públicos. Destruíram a Prefeitura e não botaram nada no lugar.

Outro exemplo da esculhambação que é o desgoverno de Sebastião Melo na prefeitura de Porto Alegre: Comprovadamente, Melo odeia parques, jardins e áreas verdes públicas. Atravessou seu tempo de desgoverno tentando entregar toda a Redenção à exploração privada. Não conseguiu, graças à resistência do Coletivo Preserva Redenção. Mas, em retaliação, não reassumiu a gestão do mais antigo e famoso parque da cidade.

Nos finais de semana os gramados são ocupados não pelas crianças, mas sim por dezenas de bancas de vendas desde artesanato até trailer de grife de óculos. Ao invés do contato com a natureza, os cidadãos têm seus gramados ocupados pelo comércio em local inadequado - como sempre desejou Sebastião Melo.

Seu ódio e omissão com os parques permite o que estas fitos registram: as empresas que "executam" os serviços privatizados fazem o que ben entendem, inclusive destruir os gramados.

Esta é a concepção de Prefeitura de Sebastião Melo. Foram quatro anos de privatizações de serviços públicos e sua veloz piora. Essas fotos foram tiradas por mim neste sábado, na rua Olavo Bilac, diante do número 835.

(*) Paulo de Tarso Riccordi é jornalista e escritor.