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TARSO GENRO CRITICA DECLARAÇÃO DE EDUARDO LEITE SOBRE OS ATAQUES DE TRUMP AO BRASIL E ACUSA GOVERNADOR DE OPORTUNISMO POLÍTICO
- Alexandre Costa
- 19 de jul.
- 3 min de leitura
Por Redação - Esquina Democrática
O ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), usou as redes sociais, no início da noite de sábado (19/7), para criticar duramente as declarações recentes do atual governador Eduardo Leite (PSD), que defendeu um “movimento antipolarização” e atribuiu à atual crise diplomática com os Estados Unidos como sendo uma responsabilidade compartilhada entre direita e esquerda no Brasil. A declaração de Leite veio na esteira do anúncio do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que declarou que o Brasil passará a ser alvo de tarifas de 50% sobre produtos nacionais a partir de 1º de agosto — um ataque direto à economia brasileira e um desafio à sua soberania.
Segundo Tarso, ao tentar se colocar como “mediador e pacificador", o atual governador incorre em uma “mistificação da realidade” e age com “oportunismo político”, porque equipara os que atacam a democracia brasileira aos que a defendem. Para Tarso Genro, Leite sugere que o governo Lula estaria se valendo eleitoralmente da crise. “Essa declaração é uma declaração oportunista que mascara a situação que o Brasil está atravessando e gera uma movimentação de empatia àqueles que estão nos atacando, como se o Brasil não quisesse diálogo” ... “Quem está em guerra contra o Brasil é o presidente Donald Trump, não o povo americano, nem o Estado americano.”, argumentou Tarso.
Ao comentar o cenário político atual, Leite sugeriu, também pelas redes sociais, que o Brasil deveria deixar de lado as suas narrativas eleitorais para negociar com os EUA de forma madura e equilibrada. Para Tarso, essa tentativa de se posicionar como centro moderado ignora a gravidade do momento e deturpa a origem dos ataques que o Brasil vem sofrendo. “Essa tentativa de equivalência entre os golpistas e os defensores da democracia é inaceitável. O que vivemos no Brasil foi uma tentativa concreta de golpe, de destruição das instituições democráticas, não um mero conflito ideológico entre extremos”, disse Tarso.
Para o ex-governador petista, o Brasil está sob ataque — e fingir neutralidade nesse momento é legitimar o agressor. Tarso criticou duramente a fala de Leite que pede para “deixar de lado a ideologia”, ao negociar com Trump, considerando que isso significaria abrir mão de princípios fundamentais da política externa e da defesa nacional. “Colocar-se como pacificador é, na verdade, dizer que os ataques que o Brasil está sofrendo são ataques justos”, criticou Tarso. “Eduardo Leite ofende o bom senso e a dignidade soberana do nosso país.”
CONVENIÊNCIA ELEITORAL
No centro do debate está a tentativa de Leite de capitalizar politicamente com a crise internacional ao se posicionar como figura de equilíbrio e moderação — um papel que, para Tarso, soa mais como conveniência eleitoral do que compromisso com a verdade dos fatos.
Enquanto o governo federal busca defender a soberania brasileira diante de sanções unilaterais e arbitrárias impostas por um ex-presidente estrangeiro em campanha, figuras como Eduardo Leite tentam transformar o episódio em mais um capítulo da política interna, reforçando a tese da antipolarização sem encarar a natureza real do confronto em curso.
“Essa mistificação é perigosa. O Brasil precisa de lucidez e coragem para enfrentar os que o atacam, e não de discursos ambíguos que favorecem os ofensores”, concluiu Tarso.
FALSA EQUIVALÊNCIA
Leite ainda comparou a prisão de Lula ao uso de tornozeleira por Bolsonaro, alimentando a retórica de “duas torcidas” e reforçando a ideia de uma polarização simétrica, o que foi visto por analistas e opositores como uma falsa equivalência que desconsidera o processo judicial manipulado contra Lula e a gravidade dos crimes atribuídos ao ex-presidente de extrema-direita.
CONFIRA ABAIXO O VÍDEO COM A DECLARAÇÃO DO EX-GOVERNADOR TARSO GENRO:
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