top of page

PSOL propõe homenagens à atriz Fernanda Torres na Câmara Municipal de Porto Alegre e na Assembleia Legislativa do RS

ree

A atuação de Fernanda Torres, vencedora do prêmio de melhor atriz do Globo de Ouro 2025, interpretando Eunice Paiva no filme Ainda Estou Aqui, inspirou a bancada de vereadores do PSOL da capital gaúcha a apresentar proposições para conceder à artista o título de Cidadã de Porto Alegre e o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre. Na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) indicou a atriz Fernanda Torres à Medalha da 56ª Legislatura. O longa-metragem Ainda Estou Aqui entrou no cenário do país em um momento delicado da política brasileira. O clima ficou ainda mais tenso após os atos do dia 8 de janeiro de 2023 e do avanço das investigações da Polícia Federal (PF), que reuniu uma série de evidências sobre a existência de um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes. A prisão de militares e de apoiadores do golpe, inclusive do general Braga Neto, candidato à vice na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro, resultaram em um ambiente de ameaça constante à democracia do Brasil. O filme Ainda Estou Aqui fez o país mergulhar nos tempos sombrios dos anos de chumbo, que, durante 21 anos, prendeu, torturou, matou e ocultou corpos de quem era contrário ao regime. Fernanda Torres interpretou Eunice Paiva, advogada viúva do deputado federal Rubens Paiva, torturado e morto nos porões da ditadura militar. Ela foi uma ativista incansável na luta pelos direitos civis e dos desaparecidos deste período sombrio da história do Brasil. Eunice foi incansável na busca de informações sobre o desaparecimento do marido, liderando campanhas para a abertura dos arquivos da ditadura. Também foi muito combativa no sentido de impulsionar a lei 9.140/95, que reconhece como mortas as pessoas desaparecidas em razão de participação em atividades políticas durante a ditadura militar. Porém, somente em 1996, Eunice Paiva conseguiu o atestado de óbito do seu marido, preso, torturado e morto pelos órgãos de repressão entre 20 e 22 de janeiro de 1971.


O vereador Roberto Robaina (PSOL) ressalta que o trabalho de Fernanda Torres, assim como do diretor Walter Salles, que conseguiu trazer para o cinema a história relatada por Marcelo Rubens Paiva no livro Ainda Estou Aqui, tem sido extremamente importante para relembrar a história do país e para a defesa da democracia. “Nestes tempos em que muita gente reivindica a ditadura e até idolatra torturador, é fundamental punir quem atenta contra as liberdades democráticas”, argumenta Robaina.

LUCIANA GENRO INDICA FERNANDA TORRES À MEDALHA DA 56ª LEGISLATURA A deputada estadual Luciana Genro, líder do PSOL na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, apresentou proposta semelhante ao parlamento estadual, indicando Fernanda Torres à Medalha da 56ª Legislatura. Luciana é filha do ex-governador Tarso Genro, que, durante a ditadura, exilou-se no Uruguai para não ser preso. “Homenagear a Fernanda, que interpretou com tanta força e respeito a Eunice Paiva, é homenagear a luta de todas as famílias, inclusive a minha, que sofreram e ainda sofrem os horrores daquele período. Através dela, queremos dizer: Ditadura Nunca Mais!”, afirmou a parlamentar.


Luciana Genro propôs também, à Secretaria da Educação (Seduc), a inclusão do livro “Ainda Estou Aqui” no acervo das bibliotecas das escolas públicas estaduais do Rio Grande do Sul. Ao adotar essa iniciativa, estaremos não apenas aproveitando o momento de grande visibilidade da obra, mas também contribuindo para a formação de cidadãos mais críticos e conscientes de seu papel na construção de um futuro mais justo e democrático”, justificou a deputada, que colocou o mandato à disposição para avaliar uma possível emenda a fim de financiar a compra dos exemplares.


DOCUMENTOS SOBRE A PRISÃO DE RUBENS PAIVA ENCONTRADOS EM PORTO ALEGRE A homenagem à Fernanda Torres pela Câmara Municipal também é sustentada por um fato marcante, que coloca Porto Alegre no mapa da luta da família Paiva pela verdade. Em 2012, foram encontrados na cidade os documentos que comprovavam a entrada de Rubens Paiva como preso político no DOI-Codi do Rio de Janeiro, durante a ditadura militar. O Exército jamais admitira envolvimento no sumiço do deputado. Os papéis estavam no arquivo pessoal do coronel da reserva Júlio Miguel Molinas Dias, assassinado no bairro Chácara das Pedras naquele ano.



 
 
ChatGPT Image 7 de out_edited.png
  • Facebook
  • Youtube

COLABORE

Apoie o jornalismo livre, independente, colaborativo e de alta integridade, comprometido com os direitos e as liberdades coletivas e individuais. Participe dos novos modelos de construção do mundo das notícias e acredite que uma outra imprensa é possível. 
 

O Esquina Democrática não se submete às avaliações métricas, baseadas em quantitativos que impulsionam visualizações, acessos, curtidas e compartilhamentos. Também não compactua com modelo  de trabalho que prejudicam a produção de conteúdos e colaboram com a precarização profissional. 

BANCO 136 - UNICRED
AGÊNCIA 2706
CONTA 27928-5
ALEXANDRE COSTA
CPF 559.642.490-00

PIX 559.642.490.00 (CPF).png
bottom of page