BOLSONARO ALTERA AGENDA E DECIDE PARTICIPAR DO DESFILE DE 7 DE SETEMBRO NO RIO DE JANEIRO
- Alexandre Costa
- 2 de ago. de 2022
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O jornal Folha de S.Paulo publicou matéria, nesta segunda-feira (1/8), sobre a decisão de Jair Bolsonaro (PL) de participar do desfile de 7 de setembro, no Rio de Janeiro. De acordo com o jornal, a mudança fez com que o Comando Militar do Leste e o Ministério da Defesa alterem o planejamento do evento, atendendo com isso a ordem do presidente.
O general Paulo Sérgio Nogueira, ministro da Defesa, foi avisado da decisão de Bolsonaro na sexta-feira (29/8) e desde então trabalha para remanejar o evento, que estavam quase todos prontos. A mudança se faz necessário para que seja possível comportar a participação do presidente e dos militantes bolsonaristas.
A Folha de S.Paulo ressalta que o evento acontece um mês antes das eleições e os bolsonaristas apostam nos atos de 7 de setembro como grande jogada da campanha eleitoral de Bolsonaro.
GOLPE FRUSTRADO Cabe lembrar que no ano passado, Bolsonaro insuflou seus seguidores, apostando em uma reação popular contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A tentativa de golpe fracassou e só não se transformou em uma comédia de quinta categoria pela seriedade com que o tema merece ser tratado. Bolsonaro chamou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de “canalha”.
Em meio às bravatas, Bolsonaro percebeu que não dispunha da força que imaginava. Diante da lambança que armou, o presidente até tentou mudar o contexto dos fatos, lançando uma “Declaração à Nação”, escrita por Michel Temer (MDB). No entanto, a estratégia de Bolsonaro fracassou, ficando visível à opinião pública e à sociedade brasileira a sua incapacidade para o cargo que ocupa.
Ao introduzir a figura do vice golpista e traidor, o homem que conspirou contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, Bolsonaro ampliou ainda mais o fiasco do golpe imaginário que tentou articular. Depois das bravatas, o presidente parecia um menino apavorado depois de ter feito uma arte qualquer. Feito um cãozinho com o rabo entre as pernas tentou explicar o inexplicável. “Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes… quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento”, argumentou Bolsonaro.