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MP DEVE ANALISAR AS IRREGULARIDADES E OS DANOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELAS OBRAS DA HAVAN DE CANOAS


A construção da megaloja da Havan, em Canoas, vem gerando manifestações e protestos por parte de moradores, ambientalistas, movimentos sociais e partidos políticos. O empreendimento está projetado para ser construído em uma área de permanente preservação ambiental, em um terreno ao lado do ParkShopping, na Avenida Farroupilha, no bairro Marechal Rondon. No dia 22 de janeiro, os movimentos opositores ao projeto ingressaram com ação no Ministério Público, denunciando as irregularidades e os riscos que a obra traz ao município. Após a divulgação da ação no MP, o grupo constatou que as obras foram aceleradas e em apenas uma semana grande parte da área foi devastada. Um laudo produzido por engenheiro ambiental será anexado ao processo, para demonstrar ao órgão a urgência e a gravidade do tema.


Pelas redes sociais, o grupo tenta ampliar a visibilidade das denúncias, contrapondo os argumentos dos "benefícios" que a Havan supostamente traria ao município. "A preservação do meio ambiente, da vida do homem e de todas as espécies é dever de todos nós. Não somos contra o progresso, mas somos a favor de um progresso feito de forma programada e ecologicamente equilibrada", explica o texto, postado no feriado do dia 2 de fevereiro, relatando a atividade realizada no local, com a presença de Miguel Rossetto, ex-ministro ministro do Desenvolvimento Agrário nos governos de Lula e de Dilma.


A Havan adquiriu a área (24,5 mil metros quadrados e prevê a utilização de 9,4 mil metros quadrados de área construída) e vai construir uma megaloja, que tem custo aproximado de R$ 30 milhões. A estimativa é de que o empreendimento possa gerar 150 empregos diretos e outros 250 indiretos. Durante a execução da obra, com previsão de ser executada em 45 dias, serão criados outros 275 postos de trabalho diretos e mais 400 indiretos, o que totaliza mais de mil vagas de emprego. A prefeitura de Canoas se comprometeu a liberar as licenças necessárias em até 60 dias. Morador de Canoas, o biólogo Daniel Santos, que é diretor de Meio Ambiente da Federação Gaúcha das Uniões de Associações de Moradores e Entidades Comunitárias (Fegamec), alerta para as irregularidades. "Colocaram dois drenos, um na Farroupilha e outro na Sezefredo Azambuja Vieira, e estão acabando com estas áreas de preservação permanentes , os banhados e as nascentes. Há um estudo feito pela empresa SIGEPLAN que diz que estes lançamentos de água, até onde se sabe, são resultados do sistema pluvial local pluvial", alerta Daniel, informando que diversas entidades ambientais demonstraram preocupação em relação ao tema e devem se manifestar nos próximos dias.

VISIBILIDADE

O feriado de Nossa Senhora dos Navegantes e o dia de Iemanjá, comemorado no dia 2 de fevereiro, é também data importante no calendário ambiental: dia em que se comemora a preservação das áreas ou zonas úmidas, que são locais onde existem charcos, sapais, mangues e outros tipos de reservatório de água doce, salgada, parada ou subterrânea que preservam a biodiversidade de espécies de plantas e animais que se alimentadas desse bioma. Para marcar a data, moradores de Canoas, representantes de movimentos sociais, de partidos políticos e ambientalistas convidaram Miguel Rossetto para percorrer áreas próximas à instalação da futura megaloja da Havan, na cidade.


O grupo esteve na área situada ao lado do Canoas Park Shopping, onde atualmente estão previstas construções de prédios e lojas. Segundo ambientalistas, com o tempo, a urbanização destas áreas provoca a destruição desse tipo de ecossistema. Na última semana, ambientalistas e ecologistas ingressaram com uma ação prévia junto ao Ministério Público, solicitando o embargo da obra. Enquanto aguarda a resposta do MP, o grupo tem promovido ações no local, para dar visibilidade ao problema e assim chamar atenção de toda a sociedade.


Acompanhado de ambientalistas, Miguel Rossetto percorreu a área e pode verificar a existência das nascentes de água, a drenagem feita de forma clandestina e a demarcação do local, que é uma Área de Preservação Permanente. Rossetto demonstrou preocupação pela destruição desenfreada da área, que abriga algumas espécies de animais silvestres nativos desse bioma. O grupo que vem denunciando as irregularidades na área onde será construída a loja da Havan, constatou que, após a divulgação da ação junto ao MP, as obras foram aceleradas e em apenas uma semana grande parte da área foi devastada.


VÍDEOS






 
 
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