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Feminino e o Tambor se apresenta em três locais em Porto Alegre com financiamento do Fumproarte

Atualizado: 19 de jul. de 2024

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Grupo pioneiro no Brasil é formado por 13 mulheres executando o instrumento frame drum, em performance que envolve sonoridades orientais, ancestralidade e conexões com a natureza. A primeira apresentação será neste domingo (21/7), às 14 horas, na Praça México, no Jardim Leopoldina (Rua Ada Vaz Cabeda, 497).

 

O grupo Feminino e o Tambor se apresenta em três regiões de Porto Alegre entre julho e agosto com entrada franca, com financiamento do Fumproarte e apoio da Fundação Ecarta. O grupo é formado por 13 mulheres executando tambores de armação chamados frame drum, originários do Oriente Médio e Norte da África.


A atividade tem financiamento do Fumproarte e apoio da Fundação Ecarta. O show se soma ao evento Rap na Rua , que terá DJs, batalha de MCs, grafite, breaking, torneio de basquete e jam session de skate. A atividade seria realizada na sede da Associação Alvo Cultural, situada no Centro Vida, que está em reorganização, após alojar desabrigados das cheias. O grupo se apresentará também na Penitenciária Feminina Madre Pelletier, no dia 5 de agosto, atividade dirigida ao público interno; e na Escola de Ensino Fundamental Heitor Villa Lobos, na zona leste, no dia 15 de agosto. 


Por meio de sons do oriente, o grupo busca uma conexão introspectiva com a natureza e a ancestralidade, propiciando uma experiência imersiva tanto para quem executa como para quem assiste. “As sonoridades desses instrumentos proporcionam sensações singulares, especialmente quando tocados de forma coletiva”, pontua Cândido de Castro, orientador do grupo.


O grupo possui no repertório ainda diversos instrumentos de percussão das culturas da Mesopotâmia, Egito, Grécia, Marrocos e Oriente Médio fazendo assim uma passagem da música do passado ao contemporâneo. O repertório é composto por melodias autorais do percussionista Cândido de Castro e do grupo, como Viagem, Oração, Cavalaria, Trilha e Música do Mundo.


No espetáculo também são utilizados derbakes - instrumentos de percussão árabes; e didjeridus, instrumentos de sopro provenientes dos aborígenes australianos. Conta com a performance de Daisy Reis, interpretando uma mistura de danças de origem oriental, nomeada pelo grupo como “dança do deserto”. A apresentação inclui ainda cânticos e recital de poesia de autoria de Necka Ayala. No figurino coletivo são utilizadas vestes longas com tonalidades terrosas.

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INSPIRAÇÃO E APRESENTAÇÕES

O coletivo iniciou as atividades a partir de oficinas no início de 2023 na Fundação Ecarta com orientação do percussionista Cândido de Castro, desenvolvendo  pesquisas sobre os frame drums, que significa tambor de armação. Logo o grupo passou a ensaiar regularmente iniciando apresentações em diferentes atividades.


Desde então já participou programação da Noite nos Museus,  do 6º Festival Cult Circuito de Viamão, de duas edições do Projeto Quintas Musaicas na Associação Cultural Nova Acrópole, do espetáculo Do Sagrado ao Profano, no Teatro Bruno Kiefer, da performance Sapatos Vazios no evento pelo  fim da violência contra a mulher no Parque Farroupilha, e da 9ª edição da Feira Bella Ciao.


O grupo é composto por Ana Maria Martins, Andréa Cocolichio, Adriana Dias da Costa, Camila Machado da Silva, Carla Rosanna Borges, Caroline Oliz, Clarice Azevedo Machado, Daisy Reis, EcildaPaines, Elenice Zaltron, Deborah Finocchiaro, Odila Zanella e Simone Vasconcellos.


SONORIDADES ANCESTRAIS

Os tambores frame drum são considerados os mais antigos da humanidade e eram predominantemente tocados por mulheres há milhares de anos. “Estes instrumentos de percussão são uma tecnologia muito antiga para sincronizar a mente e o corpo, permitindo níveis maiores de consciência, acalmando a mente, como forma de harmonização consigo mesmo e com o mundo ao seu redor”, observa Cândido de Castro, que também fabrica estes instrumentos.


NOVOS SONS NA PERIFERIA

As apresentações foram contempladas pelo Fundo de Apoio à Produção Artística e Cultural de Porto Alegre (Fumproarte), no Edital de Eventos Culturais Descentralizados de Porto Alegre e tem apoio da Fundação Ecarta.


A produtora Elenice Zaltron destaca que na seleção dos locais para as apresentações foram considerados aspectos geográficos ligados a espaços da periferia ou de privação de liberdade. “A intenção é oferecer uma experiência de sonoridade, representação e práticas únicas, suscitando a potência das execuções coletivas de outras culturas.


O show na Praça México se soma ao evento Rap na Rua , que terá DJs, batalha de MCs, grafite, breaking, torneio de basquete e jam session de skate. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Heitor Villa Lobos, situada na Vila Mapa, sedia a Orquestra Villa Lobos, projeto criado há 32 que transformou a vida de muitas crianças e adolescentes do bairro Lomba do Pinheiro com projeção nacional e internacional.


A Penitenciária Feminina Madre Pelletier abriga cerca de 270 mulheres, sendo a maioria jovem, com baixa escolaridade, pobres, oriundas de ambientes violentos. Localizado no bairro Teresópolis, é o primeiro presídio feminino do Brasil, país que ocupa a 4ª posição mundial em encarceramento de mulheres com cerca de 28 mil mulheres presas.

 

SERVIÇO

Apresentações do grupo Feminino e o Tambor

- 21/7 – 14h - Praça México (Rua Ada Vaz Cabeda, 497).

- 5/8 - Penitenciária Feminina Madre Pelletier - Atividade interna

Av. Teresópolis. 2727 – Teresópolis 

 - 15/8 – 19h - EMEF Heitor Villa Lobos - Entrada franca

Avenida Santo Dias da Silva, 460 – Lomba do Pinheiro

 
 
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