Dilma critica dependência do dólar em discurso na abertura do “States of the Future”, evento paralelo do G20
- Alexandre Costa

- 22 de jul. de 2024
- 1 min de leitura

A ex-presidenta do Brasil, atualmente presidenta do Banco do Brics, Dilma Rousseff, criticou o uso dominante do dólar no comércio internacional, em seu discurso, durante a abertura do do “States of the Future”, evento que iniciou na segunda-feira (22/7), na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
Paralelo ao G20 e organizado em parceria com os Ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), das Relações Exteriores (MRE) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a iniciativa proporcionará análises e debates, até até sexta-feira ( 26/7), sobre modelos de Estado para desenvolvimento sustentável e socialmente justo. Dilma Rousseff fez uma série de declarações críticas ao crescente protecionismo no comércio internacional e à política de financiamento internacional, que impõe restrições aos países em desenvolvimento. Para ela, o uso dominante do dólar no comércio internacional cria uma dicotomia, que é o fato de o dólar ser uma moeda doméstica, nacional, e cumprir um papel de reserva internacional.
A ex-presidenta ressaltou que o aumento da dívida externa está restringindo o espaço fiscal dos países e dificultando o acesso a financiamentos: “Não só é crescente o volume da dívida externa, o que reduz o espaço fiscal dos países, como vem se tornando ainda mais difícil, ou impossível para alguns países, conseguir financiamento acessível devido às restrições ou à falta de liquidez no mercado internacional”.
Dilma defendeu a necessidade de uma mudança na estrutura econômica do Brasil e do Sul Global e afirmou que o Brasil não pode se manter como mero exportador de commodities e mero consumidor dos benefícios da 4ª Revolução Industrial.







