A deputada Luciana Genro (PSOL) defendeu o reajusto do salário mínimo regional, durante a audiência pública sobre o cumprimento da lei do piso regional em 2021, realizada quarta-feira (11/8), na Comissão de Economia da Assembleia Legislativa. Os deputados defendem que o reajuste seja maior do que os 2,73% propostos, considerando também que o piso não foi reajustado em 2020.
O governo do Estado chegou a enviar um projeto de lei, no início do ano, que reajustaria em 4,5% o salário mínimo. Porém, o texto só foi votado em dezembro do ano passado e, através de uma emenda, não foi concedido reajuste. Em 2021, o projeto encaminhado pelo governador Eduardo Leite prevê um reajuste de 2,73%, o que levaria a menor faixa de R$ 1.237,15 para R$ 1.270,92. O índice equivale a 50% da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2020.
“Dentro da Assembleia, a gente vivencia uma verdadeira luta de classes, assim como na sociedade. Temos os parlamentares que defendem os interesses da burguesia e os que defendem a classe trabalhadora. E isso se manifesta de forma muito cristalina na discussão sobre o piso regional. Os que estão do lado de lá são os que querem liquidar com o piso regional”, afirmou a deputada Luciana Genro, lembrando que a mobilização dos trabalhadores é fundamental para pressionar os parlamentares que estão “em cima do muro”.
"Aumentar o salário mínimo regional é também valorizar os trabalhadores da saúde, já que muitas clínicas e hospitais utilizam o piso gaúcho como base para os pagamentos. Mais do que palmas, estes profissionais precisam de valorização real. Essa decisão passa pelo governo e pela Assembleia, onde estou na luta por um aumento digno. Em 2020 o reajuste foi ZERO e neste ano o governo quer conceder apenas 2,73%. Isso elevaria a menor faixa de R$ 1.237,15 para R$ 1.270,92. Esse percentual é muito baixo, ainda mais se levarmos em conta o aumento da gasolina, do gás de cozinha e de muitos alimentos. Com mobilização e luta é possível garantir um reajuste maior!", escreveu a deputada no seu facebook.