Neste domingo (14/1), a guerra entre Israel e o Hamas completou 100 dias e os bombardeios na Faixa de Gaza resultaram em cerce de 24 mil mortes e mais de 59.000 feridos, na maioria civis, inclusive crianças. De acordo com o último balanço das autoridades locais, cerca de 1,9 milhões de pessoas (cerca de 85% da população), tenta fugir da guerra, que corre o risco de de se alastrar por toda a região. Segundo a ONU, o conflito gerou uma grave crise humanitária. Confira o vídeo abaixo.
Os 100 dias de bombardeios à Faixa de Gaza foram marcados por novos e intensos ataques com tanques e aviões. Israel atingiu alvos no sul e no centro de Gaza neste domingo. Em algumas áreas foram registrados tiroteios. De acordo com as agências internacionais, as comunicações e os serviços de internet foram interrompidos pelo terceiro dia consecutivo, prejudicando o trabalho das equipes de salvamento, que tentam ajudar as vítimas nas regiões de combates.
Os alvos dos ataques se concentraram na cidade de Khan Younis, ao sul, onde o Hamas disse que seus combatentes atingiram um tanque israelense. E também em Al-Bureij e Al Maghazi, região central de Gaza. Ali, segundo o exército israelense, há muitos mortos porque suas forças destruíram vários locais usados pelo Hamas para disparar foguetes contra Israel.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, nas últimas 24 horas 125 pessoas foram mortas e 265 ficaram feridas. Os bombardeios de Israel à Gaza ocorrem desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas colocou em execução uma ação que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de outros 240 israelenses. Não há informações precisas sobre os reféns. No sábado (13/1), milhares de pessoas lembraram os acontecimentos de 7 de outubro com uma marcha, em Tel Aviv, exigindo das autoridades israelenses o regresso do reféns detidos pelo Hamas.
Segundo as Forças Armadas israelenses a guerra passou para uma nova fase, com foco no extremo sul do território, onde estão abrigadas quase 2 milhões de pessoas em acomodações temporárias. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou os apelos por um cessar-fogo, dizendo que Israel continuará os ataques até alcançar a vitória completa sobre o Hamas. Os militares afirmam, no entanto, que a próxima fase da guerra terá operações mais direcionadas aos líderes e às posições militares do movimento.