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CINCO INVESTIGADOS PELA MORTE DE MARIELLE FORAM EXECUTADOS E CINCO DELEGADOS JÁ ASSUMIRAM O CASO


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Além da troca de delegados no comando das investigações da morte da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, na noite de 14 de março de 2018, cinco investigados foram assassinados a tiros. A "queima de arquivo" e as substituições na condução dos trabalhos atrapalharam a elucidação do caso.


Além de Adriano da Nóbrega, morto em uma suposta troca de tiros com policiais na Bahia, outros quatro investigados foram executados: Macalé, Lucas Todynho, Luiz Orelha e Hélio, conhecido como o Senhor das Armas. Em relação à troca de comando, cinco delegados já chefiaram as investigações. São eles: Giniton Lages (2018-2019); Daniel Rosa (2019-2020), Moisés Santana (2020-2021); Edson Henrique Damasceno (2021-2022); e Alexandre Herdy (2022), atual delegado.

MACALÉ

O PM aposentado Edmilson da Silva Oliveira, o Macalé, foi executado em plena luz do dia em Bangu, no dia 6 de novembro de 2021. Macalé é apontado como a pessoa que teria intermediado a relação entre o mandante e os executores das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Em um relatório da PF deste mês, a morte de Macalé é mencionada como “outro severo golpe que a intempestividade impôs à persecução penal”.

Edmilson Macalé seria um suspeito-chave no caso Marielle e foi assassinado. Apontado pela polícia como um miliciano da região de Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, em 2014 foi absolvido no processo em que era réu por matar um jovem dessa mesma região. Segundo considerações mais recentes da Polícia Federal, Macalé teria sido o responsável por ter contratado os executores de Marielle, além de ter ajudado em diferentes etapas do crime.


LUCAS TODYNHO

Em relatório da Polícia Civil do Rio de Janeiro de março de 2019, Lucas Todynho é apontado como responsável pela “confecção dos documentos falsos” do veículo. Já um documento deste ano, emitido pela Polícia Federal, inclui o nome de Lucas no “núcleo ligado ao preparo do carro utilizado no crime”. Todynho foi assassinado menos de um mês depois da morte de Marielle, em 3 de abril de 2018, perto de uma comunidade conhecida como Vila Kennedy. Um parente de Todynho disse para a polícia que a morte poderia ter relação com a clonagem de veículos e o envolvimento com milícia.


ADRIANO DA NÓBREGA

Ex-capitão do Bope, Adriano de Nóbrega é suspeito de liderar Escritório do Crime. Ele chegou a ser ouvido pelos investigadores do caso Marielle ainda em 2018. Negou envolvimento com a morte da vereadora, mas a polícia acredita que ele teria informações sobre o caso. Os investigadores chegaram a divulgar que Adriano recebeu uma oferta para matar Marielle, mas não teria aceitado o “serviço”. Apontado como chefe de pistoleiros do Escritório do Crime, Adriano foi alvo da Operação Intocáveis, que apurava vários homicídios cometidos por esse grupo. O ex-PM ficou foragido até ser encontrado pela polícia da Bahia, na cidade baiana de Esplanada, em 9 de fevereiro de 2020. Ele teria reagido à abordagem policial e foi morto. A Polícia Civil da Bahia concluiu, em inquérito, que Adriano não foi executado, e houve troca de tiro.

LUIZ ORELHA

Sargento Luiz Cláudio, o Orelha, seria braço-direito do ex-capitão Adriano e teria ficado responsável por cuidar dos negócios dele, após sua morte na Bahia. Existem duas pessoas com o apelido Orelha relacionados ao caso Marielle e Anderson Gomes. O Luiz Orelha é diferente do Edilson Orelha, que teria ajudado a ocultar o carro usado no crime. Luiz foi assassinado em Realengo, na manhã do dia 20 de março de 2021, durante seu horário de folga. Segundo reportagem de O Globo daquele ano, Luiz Orelha morreu dois dias antes da Operação Gárgula, em que seria preso por suspeita de se desfazer de bens deixados por Adriano.

HÉLIO: O SENHOR DAS ARMAS

Investigado no caso Marielle, Hélio de Paulo Ferreira era conhecido como Senhor das Armas, por conta das operações policiais em que foi preso com armas ilegais. Sua profissão oficial era mecânico. Por muito tempo, foi conhecido por consertar armas e viaturas policiais na região de Jacarepaguá. A Polícia Civil ouviu Hélio no inquérito do caso Marielle em agosto de 2018. Na época, ele foi investigado pelo crime. O Senhor das Armas foi executado com vários tiros no dia 28 de fevereiro deste ano, na rua Araticum, no bairro Anil. Outras três pessoas morreram durante o ataque.


 
 
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