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Chuvas castigam o RS e nível do Guaíba pode atingir marca histórica

As chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o início da semana também atinge Porto Alegre. A previsão é de que o nível do Guaíba ultrapasse as marcas históricas. De acordo com balanço divulgado pela Defesa Civil do estado, no fim da tarde desta quarta-feira (1º/5), 114 cidades gaúchas foram atingidas pelos temporais que já registraram 10 mortos, 21 desaparecidos e 11 feridos.


Os locais mais afetados pelos temporais são a região central do estado e os vales do Caí e do Taquari. Ao todo, 19.110 pessoas foram afetadas em solo gaúcho por ocorrências como enchentes, deslizamentos de terra, transbordamento de rios e desabamentos. O último balanço boletim informou que já são 4,4 mil pessoas desalojadas e desabrigadas no estado, sendo que 1.072 estão em abrigos.


Do total de dez mortes, duas ocorreram em Paverama e duas em Salvador do Sul. Os outros municípios que registraram vítimas fatais foram Pântano Grande, Itaara, Encantado, Segredo, Santa Maria e Santa Cruz do Sul. Das 21 pessoas desaparecidas, oito são de candelária, seis de Encantado, quatro de Roca Sales, duas de São Vendelino e uma de Passa Sete. Os locais mais afetados pelos temporais são a região central do estado e os vales do Caí e do Taquari. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até terça-feira (30), a cidade de Santa Maria, na região central, havia registrado um volume acumulado de 215,4 milímetros de chuva em 24 horas. Em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, o acumulado foi de 182,6 milímetros.


O governador do Rio Grande do Sul comparou a situação com as tragédias de 2023, que que resultaram em dezenas de pessoas e milhares de desabrigados. Eduardo Leite admitiu dificuldades para efetuar o resgate de pessoas que estão ilhadas. Durante entrevista coletiva na sede da Defesa Civil, em Porto Alegre, o governador alertou para a gravidade da situação.


As previsões meteorológicas apontam para um volume alto de precipitações até sexta-feira (3), situação considerada pior do que a registrada em setembro do ano passado.


ALERTA COM O NÍVEL ELEVADO DO GUAÍBA

Em novembro, o Guaíba inundou Porto Alegre, representando a maior cheia desde 1941 na Capital. A previsão para as próximas horas é de que o nível do Guaíba atinja a marca dos 2m50cm no início da manhã desta quinta-feira (2), entrando em nível de alerta. Às 18h15min desta quarta-feira (1º), a régua no Cais Mauá marcava 2m07cm. A partir das 8h, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) começa o trabalho preventivo no sistema de contenção de alagamentos, com o fechamento de seis comportas entre avenidas Mauá e Castello Branco. Os serviços devem ser finalizados no máximo até o início da tarde.


O fechamento das comportas começará no P3, entre os Armazéns A3 e A4 do Porto, e deve seguir pelo P6 (Catamarã), P14 (DC Navegantes), P11 (Av. São Pedro), P4 (Pórtico Central Cais Mauá) e, por fim, o P12 (no acesso da subida Avenida Castelo Branco pela Avenida Voluntários da Pátria). Por enquanto, não há previsão do fechamento do P1, P3, P5, P7, P8, P9 e P10.


O Dmae informa que está em desenvolvimento a mudança do sistema de trilho das comportas 12 e 14, mas que essas estruturas seguem funcionando e prontas para eventual fechamento. No ano passado, a comporta de número 13, uma das que ficam permanentemente fechada, estourou e afetou a operação do Trensurb.


A Defesa Civil informou que, até as 16h desta quarta-feira, 57 pessoas seguiam fora de casa em razão do mau tempo em Porto Alegre — são 29 desabrigadas (em abrigos públicos) e 28 desalojadas (em casa de amigos ou patentes). Os desabrigados são da aldeia indígena Mbyá Guarani, no bairro Lami, na Zona Sul. Já os desalojados, são moradores dos bairros Ponta Grossa e Aberta dos Morros. Com o Guaíba atingindo a cota de alerta, a prefeitura projeta problemas de alagamentos na Região das Ilhas a partir de quinta-feira.

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