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CACO BARCELLOS DENUNCIA ESQUEMA DE COMPRA DE VOTOS DE BOLSONARO POR MEIO DO AUXÍLIO BRASIL


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Os jornalistas Caco Barcellos e Chico Bahia flagraram um suposto caso de assédio eleitoral, no município de Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul (MS). Gravado a menos de 48 horas do segundo turno das eleições, a matéria foi exibida no programa Profissão Repórter, da TV Globo, na terça-feira (1/11). A dupla de jornalistas se deparou, por acaso, com o que parece ser um esquema de compra de votos, tendo como moeda recursos do programa federal Auxílio Brasil, comandado pelo prefeito Rudi Paetzold, por meio da Secretaria Municipal de Educação do município.


A reportagem, que certamente terá desdobramentos na esfera jurídica, pode apontar para uma investigação minuciosa sobre casos semelhantes, não apenas em pequenos municípios como é o caso de Coronel Sapucaia, mas em centenas de outras cidades do país. O esquema de assédio eleitoral apontado pelo Profissão Repórter, somado aos bloqueios criminosos promovidos nas rodovias do Nordeste (com objetivo de impedir que eleitores chegassem às urnas), talvez explique a diferença tão pequena entre o presidente eleito e o candidato derrotado. Há quem diga que nunca se viu, na história recente do país, uso da máquina pública em prol de um candidato como em 2022, na tentativa de reeleger Jair Bolsonaro.


FARO DE REPÓRTER

Caco e Chico caminhavam pelas ruas de Coronel Sapucaia e acabaram flagrando uma concentração de pessoas em frente ao centro cultural da cidade. Os jornalistas se aproximaram para conversar com os moradores e colher depoimentos sobre a intenção de voto dos mesmos. O faro do experiente repórter Caco Barcellos o fez perceber que havia algo estranho naquela reunião em que as pessoas haviam sido convocadas e da qual ninguém queria falar ou sabia dizer o que era.


O caso ocorreu em uma reunião que contava com beneficiários do Auxílio Brasil. Eles foram convocados, segundo moradores da região, para serem pressionados a votar em Jair Bolsonaro (PL), derrotado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao ingressar no Centro Cultural de Coronel Sapucaia, Caco tentou obter informações sobre a reunião, mas um homem tentou impedi-lo.


Uma das moradoras deu um depoimento comprovando o esquema de assédio eleitoral. “Eu fui. Chegamos lá; eles, sinceramente, falaram sobre o Auxílio Brasil, porém a parte foi só sobre política. Que teria que votar no 22, porque se não, no caso, não teria mais verba para vir para cá, né? Aí pararia com tudo: pararia de fazer o asfalto, as escolas. Você chega lá, se você está precisando... Vamos supor: você precisa para sobreviver o auxílio e o vale renda, você muda seu voto na hora com medo de perder o benefício. Pediram para colocar o nome, colocar o documento, o número de celular. Porque, no caso, esses nomes iriam lá não sei para onde. Para mim, aquilo foi uma pressão sobre as pessoas. Isso é promoção do prefeito, né?”

Uma senhora que reside ao lado de onde ocorria a reunião revelou que a movimentação já ocorria há três dias. “Antes não tinha essa reunião não. Disse que era para assinar o negócio do Bolsa Família. Aí ontem que eu ouvi falando que, quando acaba a reunião, o Rudi dá R$ 50 para cada um. Rudi é o prefeito daqui”, contou. Caco tentou entrevistar o prefeito Rudi Paetzold, mas não conseguiu. Em seguida recebe uma ligação, em que é alertado do perigo de continuar a reportagem.


ASSISTA A MATÉRIA NO CANAL DO MÍDIA NINJA



 
 
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