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RELATÓRIO DA ABIN REVELA QUE INFLUENCIADORES BOLSONARISTAS LUCRARAM COM TENTATIVA DE GOLPE


Relatórios elaborados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e entregues à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas do 8 de janeiro apontam que influenciadores digitais desempenharam um papel central na invasão das sedes dos Três Poderes e lucraram com os ataques golpistas. Um dos mencionados pela Abin é Adriano Luiz Ramos de Castro, participante da primeira edição do BBB (Big Brother Brasil). A agência relata que ele esteve presente no acampamento golpista em frente ao Comando Militar de Salvador, invadiu as sedes dos três Poderes e transmitiu ao vivo no YouTube.


Durante a transmissão, ele parabenizou os invasores e justificou a violência como uma "resposta legítima" da sociedade aos supostos "abusos" do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora o vídeo tenha sido removido, seu canal não apenas permaneceu ativo, mas também ganhou mais de mil novos inscritos após os atos golpistas. Em nota, o YouTube afirmou que, em 8 de janeiro, suas equipes estavam atentas para aplicar as regras de forma consistente, incluindo em transmissões ao vivo e vídeos que incitavam outras pessoas a cometer atos violentos.


Segundo a empresa, o canal de Castro perdeu o direito à monetização do conteúdo em setembro do ano passado. No mês passado, o Conselho de Supervisão da Meta (Oversight Board) afirmou que a plataforma errou ao não remover vídeos que incitavam a invasão em Brasília e descumpriu suas próprias regras de proibição de incitação à violência. O conselho é independente, mas é financiado pela Meta, empresa controladora do Facebook e do Instagram. A decisão foi motivada por um vídeo do dia 3 de janeiro, no qual um general convidava as pessoas a "sitiar" os Três Poderes contra a eleição de Lula (PT).


Após o conselho selecionar esse caso para análise, a Meta reconheceu que suas várias decisões de manter o conteúdo golpista online haviam sido um erro. A empresa removeu o vídeo em 20 de janeiro, mais de duas semanas após sua publicação.

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