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Foto do escritorAlexandre Costa

PT E PSB COSTURAM ALIANÇAS PARA ELEIÇÕES NOS ESTADOS, MAS IMPASSE PARA CANDIDATURA EM SP CONTINUA

As alianças políticas com vistas às eleições de 2022 devem mexer com as peças no tabuleiro eleitoral de 2022. O PT e o PSB avançam no acordo para formação de uma federação e estão afinados no discurso para a construção de uma frente de esquerda capaz de derrotar o bolsonarismo e a direita conservadora em todo o país. Mesmo que a candidatura ao governo de São Paulo ainda seja um impasse entre os partidos, a declaração de Marcelo Freixo (PSB) indica que existe possibilidade de acordo. O deputado federal e pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro afirmou nesta quinta-feira (20/1) que o debate "exigirá maturidade" e reconheceu que a candidatura de Haddad é mais forte e viável em comparação ao seu colega de partido Márcio França.

"Haddad está na frente e o estado tem muita centralidade para o PT, o que eu compreendo perfeitamente. Eu sei que em São Paulo o PT não vai abrir mão, é o único lugar em que não abrirão mão, e eles têm razão para isso. O Haddad está na frente e, se ele deixar de ser candidato, os votos irão para o (Guilherme) Boulos, não para o Márcio França. Os argumentos que eles (petistas) utilizam têm coerência", argumentou Freixo.


DECLARAÇÕES Em relação ao encontro dos presidentes do PSB e do PT, a conversa na sede do PSB, nesta quinta-feira (20/1), em Brasília, deu continuidade à aproximação das siglas. “Não foi uma reunião de definição, mas de entendimentos”, disse Gleisi Hoffmann. “Nossa aliança não pode ser uma aliança matemática”, afirmou Carlos Siqueira.


O encontro tratou das eleições deste ano e da possibilidade de aliança entre as legendas, que ainda não está fechada. Até o momento, a principal dificuldade para um acordo é a disputa pelo governo de São Paulo. O PT não quer abrir mão de lançar o ex-prefeito Fernando Haddad, enquanto o PSB pretende ter o ex-governador Márcio França na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

VICE DE LULA

A reunião, na sede do PSB, também tratou da possível formação de uma federação e da construção de uma frente ampla de centro-esquerda para tentar garantir uma vitória que ponha fim à era Bolsonaro. Em troca de o PT apoiar candidatos do PSB a governos estaduais, os socialistas ficariam ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a eleição ao Palácio do Planalto. Mesmo com algumas reservas de militantes socialistas em relação ao ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin deve mesmo se filiar ao PSB e será o vive de Lula.

ESPAÇOS PARA O PSB A conversa abriu a possibilidade de o PSB lançar candidatos em Pernambuco, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ao PT caberia a Bahia, Sergipe e Piauí. O impasse de São Paulo continua. As direções de ambos os partidos decidiram que irão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a intenção de ampliar o prazo para definir a federação, que atualmente termina no dia 1° de março. Gleisi e Siqueira consideram tal data inviável. A ação deve ser ajuizada na próxima segunda-feira. SÃO PAULO Para Freixo, São Paulo é o único estado no qual o PT deve se recusar a apoiar o PSB. "Eu tenho certeza absoluta de que o PSB vai indicar neste mês um nome (para o governo) em Pernambuco e que o PT vai apoiar. Resolver Pernambuco é um passo enorme para resolver os demais entraves (do acordo entre os dois partidos) no Brasil. Estamos muito mais próximos da solução do que do problema".

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