PSB NACIONAL RETIRA CANDIDATURA DE BETO E PSOL AVALIA PARTICIPAR DA FRENTE COM PT, PCDOB E PV NO RS

Em meio à reunião da executiva nacional do PSB realizada em Brasília na tarde desta quinta-feira (28/7), o ex-deputado federal Beto Albuquerque retirou seu nome da disputa ao governo do Rio Grande do Sul. Apesar de ter sua candidatura aprovada no último fim de semana pelos militantes no estado, Beto foi enquadrado pela direção nacional que determinou a retirada da sua candidatura ao Piratini. Visivelmente contrariado pela decisão do partido em âmbito nacional, Beto já havia afirmado veementemente na quarta-feira que não apoiará a federação formada pelo PT, PCdoB e PV no estado.

Na quarta-feira (27/7), a Folha de São Paulo publicou matéria antecipando a retirada da candidatura de Beto, atribuindo as informações à presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. O fato gerou descontentamento do próprio Albuquerque, dos apoiadores à sua candidatura e dos dirigentes do PSB no RS. Em nota, o presidente estadual do PSB, Mário Bruck, afirmou que "se havia alguma chance de o PSB se aliar ao PT no RS, ela agora está definitivamente liquidada".

A decisão da executiva do PSB, determinando a retirada da candidatura de Beto Albuquerque no RS, é extremamente importante, tanto em âmbito nacional quanto regional. A retirada de Beto da disputa ao Piratini é parte do acordo que definiu Geraldo Alckimin como vice de Lula e também de um compromisso firmado pelas principais lideranças de esquerda e centro-esquerda do país para enfrentar Jair Bolsonaro e barrar o avanço do fascismo no Brasil.

Por outro lado, a retirada da candidatura de Beto Albuquerque abre caminho para a ampliação da frente de esquerda no RS, com a participação do PSOL ao lado do PT, PCdoB e PV, partidos que estão formalmente unidos por meio de uma federação. Além do PSOL indicar o vice na chapa a governador, encabeçada pelo deputado estadual Edegar Pretto (PT), terá um dos suplentes ao Senado, ao lado do ex-governador Olívio Dutra e por meio de mandato coletivo.