É muito séria a declaração do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, feitas nesta quinta-feira (17/2) ao portal UOL, insinuando que a bancada do PT no Congresso, juntamente com o então presidente do PT, Rui Falcão, atualmente deputado federal, não teriam feito absolutamente nada para evitar o impeachment de Dilma Rousseff. As declarações do líder Socialista podem comprometer a construção da federação que vem sendo trabalhada pelo PT, pelo PSB e pelo PCdoB. Para quem deseja dar início a uma caminhada conjunta, por meio de um projeto coletivo, a manifestação de Siqueira pode, além de alimentar a discórdia entre os petistas, inviabilizar a filiação de Geraldo Alckmin.
“Nós poderíamos ter evitado. Se metade da bancada do PSB votasse contra, não teria havido impeachment”, argumentou Siqueira, acusando Falcão de nunca ter feito sequer uma ligação para tratar de apoio à presidenta. O presidente do PSB também relembrou o comportamento dos deputados petista, que mesmo sob o risco de verem o processo de impeachment contra Dilma ser aberto por Eduardo Cunha, que presidia a Câmara naquele momento, preferiram aderir, de maneira a alimentar a fúria do deputado líder do centrão, a um pedido de cassação de Cunha no Conselho de Ética da Casa. No entanto, o líder do PSB disse que foi procurado pelo articulador político de Dilma, Ricardo Berzoini, para dar apoio à presidenta, em troca de cargos, o que ocorreu poucos dias antes da votação em plenário que aprovou o afastamento da presidenta.