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PF E MPF INVESTIGAM GARIMPEIROS DE RORAIMA ACUSADOS DE ESTUPRO E MORTE DE MENINA INDÍGENA DE 12 ANOS

Atualizado: 3 de mai. de 2022


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O assassinato de uma menina yanomami de 12 anos, da Terra Indígena da comunidade de Aracaçá, região de Waikás, em Roraima, gerou grande repercussão na imprensa nacional e chocou os brasileiros. O crime bárbaro denunciado nesta sexta-feira (29/4) pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, está sendo investigado pela Polícia Federal, Funai e Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). Na terça-feira (26/4), o líder indígena denunciou que garimpeiros sequestraram uma mulher indígena e seu filho de três anos. De acordo com Hekurari, existem informações de que o corpo do menino, que segue desaparecido, teria sido atirado em um rio. Foi o líder Yanomami que informou, por meio de uma nota, sobre a morte da menina, após ser violentada sexualmente por garimpeiros.


Na quinta-feira (28/4), os órgãos publicaram nota conjunta informando que "após extensas diligências e levantamentos de informações com indígenas da comunidade não foi encontrado indício óbito por afogamento" e nem do estupro e morte da adolescente. A comunidade onde menina indígena foi morta e estuprada por garimpeiros foi incendiada e está vazia. Os órgãos públicos ressaltaram que vão prosseguir com as investigações. Já o Ministério Público Federal (MPF) informou que "as diligências demonstraram a necessidade de aprofundamento da investigação, para melhor esclarecimento dos fatos".


Júnior Hekurari Yanomami afirmou que ao sobrevoar a região percebeu que o local onde cerca de 24 yanomamis vivem estava destruído e queimado. "Em todos meus 35 anos, nunca vi isso. Um Yanomami não abandona sua casa, a menos que seja uma situação muito grave. Quem queimou? Por que queimou? Para onde eles foram?”, questionou o presidente do Condisi-YY, em entrevista concedida ao Mídia Ninja. De acordo com o líder indígena, alguns yanomamis que ainda estão na região teriam sido cooptados por garimpeiros e que teriam recebido ouro em troca de silêncio, além de divulgarem informações falsas para atrapalhar as investigações.


"Vou chamar antropólogos para nos ajudarem a entender o que pode ter acontecido, acionar a Hutukara [entidade mais representativa do povo Yanomami] e mostrar um lugar em que acho que o corpo foi queimado naquele loca. Os moradores da comunidade podem estar escondidos na mata. Precisamos procurar essas pessoas”, advertiu o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena.

 
 
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