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Foto do escritorAlexandre Costa

PETROBRAS VENDE TRÊS PLATAFORMAS NA BACIA DE CAMPOS, EM LEILÃO ONLINE, POR APENAS R$ 7,5 MILHÕES


O boletim Nascente, do Sindipetro-NF, informou nesta segunda-feira (3/8) que a Petrobras vendeu três plataformas na Bacia de Campos por R$ 7,5 milhões (US$ 1,45 milhão), em um leilão online realizado na última sexta-feira (31/7). O comprador foi identificado como Marboteni. As plataformas vendidas foram a P-07, a P-12 e a P-15, que haviam sido “descomissionadas” pela empresa. De acordo com o boletim Nascente, "o plano de desmonte foi acentuado durante a pandemia do coronavírus e o governo nem mais disfarça a intenção de vender a companhia por completo, como demonstram falas cada vez mais à vontade do ministro da Economia, Paulo Guedes". O site de leilões — especializado em venda de carros batidos e sucatas de seguradoras — entregou P-15 por US$ 750 mil; a P-07 por US$ 370 mil; e a P-12 por US$ 330 mil, valores considerados irrisórios para o patrimônio envolvido.

A venda é considerada, para o Sindipetro-NF, a FUP e demais sindicatos, um crime contra o povo brasileiro, assim como todo o conjunto de entregas do patrimônio do País que estão sendo realizadas e ainda estão programadas."Como tem advertido partidos progressistas e movimentos sociais, todo este desmonte precisa ser interrompido e, no futuro, quem comprou estes ativos nestas condições ilegítimas correrá o risco de ter que devolver ao Brasil", adverte o boletim. De acordo com a categoria, a Petrobras está na contramão do mercado. "Como apontam inúmeros estudos, do Ineep e de centros de pesquisa universitários, a Petrobrás está caminhando no sentido oposto ao das grandes petroleiras do mundo, inclusive privadas, que buscam se fortalecer em todas as partes da cadeia produtiva, não desprezando nenhuma possibilidade de lucro". De acordo com o Sindipetro-NF, a FUP e demais sindicatos, as plataformas que estão sendo entregues a preço de banana pela Petrobrás na Bacia de Campos, mesmo com produções menores e em águas “rasas”, poderiam continuar em operação, sem prejuízo algum, e gerariam empregos, renda para a região e lucro para o País. "Antes de terem suas operações paradas para que fossem vendidas, as plataformas entregues na semana passada produziam cerca de 25 mil barris diários de óleo (15 mil na P-07; 7 mil na P-12; e 3 mil na P-15", informa o boletim Nascente.

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