De acordo com a TV Bandeirantes e com o portal de notícias G1, os irmãos Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, confessaram, nesta quarta-feira (15), o assassinato do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Os dois estavam desaparecidos desde 5 de junho na região do Vale do Javari, na Amazônia. As informações teriam partido de uma fonte da Polícia Federal, que afirmou ainda que os corpos de Bruno e de Dom foram esquartejados, incinerados e enterrados em vala.
A PF iniciou buscas na área para localizar os corpos e confirmar a versão. Será necessário fazer exame de DNA com base em material fornecido por parentes das vítimas. O motivo do crime teria sido a pesca ilegal na região. Bruno e Dom Phillips fotografaram a pesca e, depois disso, foram rendidos e levados para uma vala, onde foram mortos e tiveram os corpos esquartejados e incendiados.
BRUNO E DOM VIRARAM ESTATÍSTICA
A confirmação das mortes do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips engrossam as estatísticas. De acordo com relatórios da organização internacional "Global Witness", divulgado em setembro do ano passado, o Brasil é o 4º país no mundo e 3º na América Latina com mais mortes de ambientalistas, em 2020. Os primeiros colocados em número de mortes são: Colômbia, com 65 casos, México, com 30, Filipinas, com 29 e Brasil com 20.
No total, de acordo com o levantamento, 227 pessoas ligadas a questões ambientais e direitos da terra foram assassinadas em 2020 no planeta. No documento anterior, referente a 2019, o número foi menor: 212 vítimas. Entre os assassinatos do Brasil e do Peru, mais de 70% ocorreram na região amazônica. Povos tradicionais representam metade das mortes brasileiras.
