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PARTICIPAÇÃO DO DEPUTADO EDUARDO BOLSONARO NA REUNIÃO QUE PLANEJOU O ATAQUE AO CAPITÓLIO É UMA BOMBA

Foto do escritor: Alexandre CostaAlexandre Costa

O FBI descobriu que a invasão ao Capitólio, prédio do Congresso dos Estados Unidos, localizada em Washington, foi planejada durante reunião realizada horas antes do ataque, no dia 5 de janeiro, no Trump International Hotel, na avenida Pennsylvania. O encontro contou com a participação de diversos aliados de Trump, entre eles o empresário Michael Lindell.


A participação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, na reunião conspiratória é uma verdadeira bomba. Um dia antes da reunião e dois dias antes da invasão ao Capitólio, a jornalista Raquel Krähenbühl, da GloboNews, flagrou Eduardo Bolsonaro, entrando na Casa Branca com a mulher, a filha e o embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Foster, a convite de Ivanka Trump, filha do então presidente, Donald Trump.


Eduardo chegou a publicar em suas redes sociais uma foto que tirou com a filha de Trump, Ivanka Trump, na Casa Branca, ao lado da esposa Heloísa Bolsonaro e da filha, Geórgia. Também fez fotos ao lado de Lindell, mas apagou mais tarde. No entanto, o empresário norte-americano realizou uma live no dia em que o Capitólio foi atacado por militantes pró-Trump, confirmando que esteve com “o filho do presidente do Brasil”, na noite anterior.


A participação de Eduardo Bolsonaro no encontro clandestino é extremamente grave, pois o deputado ocupa o cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. A invasão ao Capitólio deixou cinco mortos, quatro apoiadores do Trump e um policial. Dois outros agentes que participaram da operação cometeram suicídio nos dias seguintes. O ex-presidente dos EUA foi submetido a um julgamento político no Senado americano, mas foi absolvido.


PRESENÇAS Há 22 presenças confirmadas na reunião, liderada por dois filhos de Donald Trump, Donald Trump Jr. e Eric Trump. Mais alguns participantes participantes foram Michael Flynn, ex-Conselheiro de Segurança Nacional do ex-presidente Trump, Peter Navarro, Assistente do Presidente, Diretor de Política Comercial e de Fabricação e Coordenador de Política da Lei de Produção de Defesa Nacional, Corey Lewandowski, gerente da campanha 2016 de Trump, membro do Conselho de Negócios de Defesa, Rudy Giuliani, advogado de Trump e ex-prefeito de Nova Iorque, Daniel Beck, proprietário da Combat Armor Defense, que possui fábrica no Brasil.


A bancada do PT no Senado, através do senador Jaques Wagner, apresentará um requerimento de informações para a embaixada Brasileira em Washington sobre o assunto.


LIGAÇÕES PERIGOSAS O empresário Daniel Beck, que participou da invasão ao Capitólio, venceu uma licitação no governo Bolsonaro. A empresa Combat Armor Defense do Brasil, cujo presidente é Daniel Beck, conhecido militante trumpista e participante da invasão ao Capitólio, ganhou uma licitação no valor de R$ 11,7 milhões do governo federal para blindar viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), órgão subordinado ao Ministério da Justiça. Esta foi a a segunda licitação vencida pela empresa no governo Bolsonaro. Em 24 de novembro de 2020, a empresa foi contratada para blindar uma caminhonete, no valor de R$ 273 mil.

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