
Nesta terça-feira (29/3), o Brasil perdeu Elifas Andreato, um dos maiores artistas gráficos do país. Aos 76 anos, o paranaense morreu em decorrência de complicações, após sofrer um infarto há alguns dias, em São Paulo, onde residia. Reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho, incluindo as 362 capas de discos que produziu ao longo dos 40 anos de carreira, Elifas deixa um legado de luta, resistência e dignidade, principalmente na oposição à ditadura militar. Nos anos 70, sua obra estampou vinis de artistas como Chico Buarque de Holanda, Elis Regina, Adoniran Barbosa, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Toquinho e Vinícius de Moraes, entre outros.
Elifas tinha um trabalho engajado, sempre se posicionou contra a ditadura militar. Sua obra tinha grande qualidade artística, com reconhecimento no mundo inteiro. Além dos trabalhos genuinamente engajados, produziu peças de grande qualidade artística, com projeção internacional e reconhecimento no mundo inteiro. Sua marca está nos retratos humanistas de um povo sofrido, um legado que se materializou nas capas de discos, cartazes, gravuras e ilustrações. Andreato era diretor editorial do Almanaque Brasil de Cultura Popular, revista distribuída a bordo das aeronaves da companhia aérea TAM, para assinantes e bancas.

