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Papa Francisco autoriza benção a casais do mesmo sexo e aproxima Igreja Católica do público LGBTQIA+

Foto do escritor: Alexandre CostaAlexandre Costa

O Vaticano afirmou nesta segunda-feira (18/12) que passará a permitir que padres concedam bênçãos a casais do mesmo sexo. A decisão, que vai de encontro à doutrina da Igreja Católica de condenar a união homossexual, está em um documento autorizado pelo papa Francisco. Sob a liderança do Papa Francisco, a medida permite aos padres abençoar uniões homoafetivas, respeitando a diversidade e abrindo espaço para diferentes formas de amor.


Embora a opção de se recusar permaneça, a proibição de impedir a entrada de pessoas em busca de bênçãos destaca a importância do respeito às escolhas individuais. Esse é mais um movimento do papa Francisco de aproximar a Igreja Católica do público LGBTQIA+. O documento, chamado de "Fiducia supplicans", não altera “a doutrina tradicional da Igreja sobre o casamento”.


O cardeal Víctor Manuel Fernández, prefeito do gabinete do Vaticano, explicou o documento em uma introdução. Ele escreveu que a nova regra considera o "sentido pastoral das bênçãos", permitindo “uma ampliação e enriquecimento da compreensão clássica” através de uma reflexão teológica “baseada na visão pastoral do Papa Francisco”.


De acordo com Fernández, a nova norma “implica um verdadeiro desenvolvimento do que foi dito até agora sobre as bênçãos, chegando a compreender a possibilidade de abençoar casais em situação irregular e casais do mesmo sexo sem validar oficialmente o seu estatuto ou alterar de alguma forma o ensinamento perene da Igreja sobre o casamento”.


Por outro lado, o documento esclarece que a bênção "nunca deverá ser concedida em simultâneo com as cerimônias de uma união civil, e nem mesmo em conexão com elas. Nem pode ser realizado com roupas, gestos ou palavras próprias de um casamento".


O anúncio também ocorre dias após o Vaticano afirmar que pessoas transexuais podem ser batizadas na Igreja Católica, desde que isso não cause escândalo ou "confusão". A Igreja Católica também disse que pessoas trans poderiam ser padrinhos e madrinhas em batismos e testemunhas em casamentos.

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