Em tempos de pandemia de coronavírus, é preciso ficar muito atento aos números sobre a economia, seja no Brasil ou no mundo, sobre o desemprego, bem como índices desenvolvimento social e de pobreza. O jornal britânico The Guardian publicou recentemente que “Mais de três quartos das pessoas mais ricas do mundo relataram um aumento em suas já vastas fortunas familiares, apesar do choque econômico causado pelo coronavírus”. Uma outra informação que vai na mesma direção vem de um relatório do banco suíço UBS. O relatório afirma que 77% das famílias mais ricas viram seus portfólios de investimento “cumprirem ou superarem as metas” durante a pandemia. O percentual se refere a famílias com fortunas médias de 1,6 bilhão de dólares, chamados no relatório de “super-ricos”). Porém, de acordo com uma outra pesquisa, feita pela Universidade das Nações Unidas, a crise do coronavírus pode fazer com que a pobreza global atinja meio bilhão de pessoas, ou 8% da população mundial.
Mais 170 mil brasileiros entraram para a pobreza extrema em 2019, de acordo com a Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD), publicada em maio de 2020. A pesquisa é uma amostra do Brasil pré-pandemia de coronavírus O grupo de pessoas em pobreza extrema no Brasil, que inclui os que vivem com menos de 1,9 dólar por dia, ganhou cerca de 170 mil novos integrantes em 2019 e encerrou o ano passado com 13,8 milhões de pessoas, o equivalente a 6,7% da população do país. É o quinto ano seguido que cresce o número de brasileiros na miséria.
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