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OXIGÊNIO DOADO PELA VENEZUELA CRUZA A FRONTEIRA RUMO AOS HOSPITAIS DO AMAZONAS

Foto do escritor: Alexandre CostaAlexandre Costa

O Mídia Ninja divulgou o vídeo da chegada dos primeiros caminhões da Venezuela na fronteira do Brasil, com a doação d os 130.000 m3 de oxigênio para os hospitais do Amazonas. O oxigênio é produzido em uma fábrica estatal venezuelana, localizada em Puerto Ordaz, no Estado de Bolívar. O insumo é uma doação do governo de Nicolás Maduro ao governo do Amazonas. “Esse envio tem caráter de ajuda humanitária, por isso a Venezuela não está cobrando nada por isso. Inclusive a logística dessas primeiras cargas está sendo fornecida por nós [poder público venezuelano]”, disse o governador de Bolívar, Justo Noguera.


Atualmente, o consumo diário de oxigênio no Amazonas é de 76 mil m³. A capacidade de entrega das empresas fornecedoras do produto tem sido de 28.200 m³/dia e o déficit é de 48.300m³/dia. Os cinco caminhões venezuelanos foram aplaudidos por médicos, quando cruzaram a fronteira. A Venezuela tem uma das menores taxas de contágio de covid-19 da América Latina. Antes da pandemia, essa fábrica não estava funcionando e foi reativada em março de 2020, justamente para atender a emergência sanitária provocada pela pandemia. A iniciativa, no entanto, não afeta a situação interna do país vizinho.

CAMINHÕES CRUZAM A FRONTEIRA

MAIS OXIGÊNIO Governo do Amazonas está recebendo, em média, quatro voos diários da FAB (Força Aérea Brasileira) com oxigênio líquido para abastecer as unidades de saúde do estado. Cada aeronave tem capacidade para transportar até 5.000 m³ do insumo. Os materiais estão sendo transportados pelas aeronaves KC 390 e C 130, que têm grande capacidade para transportar cargas e pessoal. No entanto, o transporte por linhas comerciais é limitado, em função do oxigênio gasoso ser altamente inflamável, o que limita a carga por viagem para no máximo 200 balas de oxigênio, o equivalente a 2.000 m³.


TRANSPORTE FLUVIAL A mobilização para o transporte de novas cargas de oxigênio também acontece por via fluvial. Com plantas em diversas cidades do país, a White Martins, fornecedora contratada pelo estado, tem enviado cargas até Belém, de onde é feito o transporte até Manaus por meio de balsas. De Belém, todos os dias, sai uma balsa para suprir a demanda de Manaus. As balsas aportam na capital amazonense trazendo caminhões com capacidade para transportar 9.000 e 25 mil m³ de oxigênio. Para agilizar a distribuição dos insumos, parte do carregamento desembarca e já percorre toda a rede de saúde da capital para abastecimento. Parte desse carregamento é levada à sede da empresa em Manaus, onde é feito todo o processo de engarrafamento do oxigênio e, posteriormente, distribuída também para o interior do Amazonas.

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