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“O Brasil é um país que odeia as mulheres”, diz Manuela d’Ávila

No sábado (12/10), o site da Pública - Agência de Jornalismo Investigativo postou uma entrevista com ex-deputada federal (PCdoB-RS) Manuela d’Ávila sobre o aumento da violência política de gênero contra mulheres (assédios, ameaças e ataques). A entrevista foi concedida ao podcast Pauta Pública - episódio #141. e é assinada por Andrea DiP, Clarissa Levy, Claudia Jardim, Ricardo Terto, Stela Diogo.


Vice de Fernando Hadad (PT) na chapa derrotada por Jair Bolsonaro, nas eleições de 2018, atualmente a gaúcha Manuela d' Ávila, preside o Instituto E Se Fosse Você? Autora do livro Sempre foi sobre nós: relatos da violência política de gênero no Brasil, uma coletânea de relatos das vivências diárias de mulheres políticas brasileiras, lançado em 2021. O livro tem a participação de outras 14 mulheres que atuam na política, entre elas a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), as deputadas federais Duda Salabert (PDT) e Erika Hilton (PSOL) e as ministras Marina Silva e Sonia Guajajara.


Manu, como é carinhosamente chamada, falou sobre seu trabalho no combate à violência de gênero e à desinformação e afirmou que o debate limitado sobre violência de gênero é uma ameaça à democracia.


Leia os principais trechos da entrevista


Assinada por Andrea DiP, Clarissa Levy, Claudia Jardim, Ricardo Terto, Stela Diogo, o texto que antecede a entrevista cita a vereadora reeleita Tainá de Paula, do Partido dos Trabalhadores (PT), sobreviveu a um ataque a tiros, na cidade do Rio de Janeiro, durante o primeiro turno das eleições municipais deste ano. Não houve vítimas porque Tainá e sua equipe estavam em um automóvel blindado. A publicação faz referência ao atentado, que aconteceu no dia 3 de outubro, às vésperas do dia de votação, "contra uma vereadora negra, assim como era Marielle Franco, assassinada em 14 de março de 2018, representando mais um caso de violência política contra mulheres no Brasil".  


Também cita o fato das mulheres terem sido alvo de quase metade das ocorrências de violência política entre o fim das eleições de 2022 e o início do período eleitoral de 2024, segundo a pesquisa “Violência política e eleitoral no Brasil”, das organizações Terra de Direitos e Justiça Global. Atualmente, o Ministério Público Federal (MPF) acompanha ao menos 11 casos de violência política de gênero nas eleições municipais, com agressões físicas e/ou sexuais. 


Durante a entrevista, Manuela d’Ávila afirma que, há duas décadas, quando iniciou sua carreira política, o movimento feminista era menos expressivo no acolhimento de mulheres vítimas de ataques, e a violência também parecia acontecer em menor escala. Segundo ela, as eleições de 2020 foram marcadas por um aumento significativo da violência de gênero. “Hoje, quase nenhuma das parlamentares com quem eu me relaciono anda sem escolta. Quase nenhuma dessas mulheres anda sem carro blindado”, diz.




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