O voto das mulheres poderá decidir a eleição para a Prefeitura em Porto Alegre. O resultado das urnas demonstra que o bordão "mulher vota em mulher" teve um efeito determinante na eleição à Câmara Municipal. O numero de vereadoras na capital gaúcha subiu das cinco atuais para as 11 eleitas para a próxima legislatura, passando de 14% para 31% de mulheres na Câmara a partir de 2021. No primeiro turno, dos 12 candidatos ao Paço Municipal, apenas três eram mulheres. No segundo turno, Manuela D'Álvila (PCdoB) terá o apoio de Juliana Brizola (PDT) e de Fernanda Melchionna (PSOL), o que demonstra que as mulheres estão mais unidas e determinadas a ocuparem os espaços políticos. Esta é uma tendência no mundo, no Brasil e também na capital gaúcha.
O número de mulheres que venceram as disputas para prefeituras neste primeiro turno das eleições municipais de 2020 supera o total de mulheres eleitas em 2016. No Brasil, 12,2% das lideranças dos municípios serão exercidas por mulheres. Para o segundo turno, cinco candidatas ainda se mantêm no páreo. Já nas eleições passadas, o percentual final ficou em 11,6%. Além de Manuela D'Ávila (PCdoB), as mulheres disputam o segundo turno em Recife, com Marília Arraes (PT); em Rio Branco, com Socorro Neri (PSB); em Aracajú, com a Delegada Danielle Garcia (Cidadania); e em Porto Velho, com Cristiane Lopes (PP).
Aos poucos e cada vez mais unidas, as mulheres conquistam os espaços políticos e demonstram à toda sociedade sua capacidade, que muitas vezes é muitas vezes superior à exercida pelos homens e as tradicionais formas de exercer o poder. Em Porto Alegre, a cada ano cresce a consciência de que o lugar de mulher é onde ela quiser.
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