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Foto do escritorAlexandre Costa

MOVIMENTO SE OPÕE À IDEIA DE ARMAR A POPULAÇÃO BRASILEIRA E ÀS PROPOSTAS DE BOLSONARO


A Campanha Não Somos Alvo é uma iniciativa apartidária de cidadãs e cidadãos que se uniram contra os retrocessos no controle de armas e munições no Brasil. Um ano depois de seu início, a Não Somos Alvo lança a mobilização As Armas Que A Gente Precisa São As Que Não Matam. Diante das graves crises que enfrentamos — sanitária, humanitária, econômica e ambiental — sabemos que mais armas de fogo e mais munições não são o caminho para melhorar a nossa segurança e muito menos para fortalecer a nossa democracia.

Apoiada pelo Instituto Igarapé, a Campanha Não Somos Alvo lançou a nesta quinta-feira (17/09) a mobilização "As Armas Que A Gente Precisa São As Que Não Matam". Um ano após o seu início, essa iniciativa apartidária de cidadãs e cidadãos se opõe à proposta de armar a população. No site da campanha www.naosomosalvo.com.br é possível pressionar os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado e do Supremo Tribunal Federal para que tomem medidas para evitar os retrocessos no controle de armas e munições no país, incluindo a análise de ações que contestam a constitucionalidade de decretos presidenciais hoje em vigor. 


A situação que o Brasil enfrenta é grave. Desde o início de 2019, mais de 20 medidas do Executivo Federal, entre decretos, portarias e um projeto de lei, resultaram na ampliação das quantidades de armas e munições disponíveis à população e no acesso a armas de calibres que antes eram restritos às forças de segurança. Só em maio, no meio da pandemia, cerca de um milhão e meio de munições foram vendidas no varejo em nosso país. Entre janeiro e abril de 2020, 48,3 mil novas armas foram registradas no país, um aumento de 252,3% com relação às 13,7 mil armas registradas no mesmo período em 2019.


Essas medidas ignoram os dados que mostram o impacto do aumento das armas e munições em circulação no agravamento de homicídios, feminicídios e nos suicídios. Elas também vão na contramão da Lei 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) e no que quer a maior parte da população: 72% da população é contrária à afirmação de que é preciso armar a população (Datafolha, 2020).


Diante desse cenário, no vídeo da campanha, com narração de Antônio Pitanga e produção da Mini Kerti, e nas peças que começam a circular hoje, com design feito pelo Estúdio Radiográfico, a mensagem é clara: em uma democracia, não é armando a população que enfrentaremos a intolerância, o ódio, o racismo, o machismo, o autoritarismo, a LGBTfobia e tantas outras violências e desigualdades que afetam milhões de brasileiras e brasileiros. 


Para o Instituto Igarapé, aumentar o acesso a armas e munições não deveria ser prioridade para nenhum país, muito menos para um país como o Brasil, afetado por múltiplas crises graves - sanitária, humanitária, econômica e ambiental - de grandes dimensões.


PARA SABER MAIS

Site (disponível a partir da 0h do dia 17/09): www.naosomosalvo.com.br 

Perfil Instagram (atualizado a partir da 0h do dia 17/09):: @naosomosalvo

Balanço das principais medidas sobre armas e munições do 1o ano do governo Bolsonaro: https://igarape.org.br/balanco-preliminar-da-regulacao-de-armas-e-municoes-no-brasil/

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