O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), e o Secretário Extraordinário de Mobilidade Urbana, Rodrigo Tortoriello, apresentaram uma série de medidas para ajudar a financiar o transporte coletivo da Capital. Em transmissão realizada pelas redes sociais no final da manhã, Marchezan trouxe a público cinco alterações em relação aos projetos apresentados em janeiro deste ano e que devem ser submetidos à votação na Câmara de Vereadores.
PRIMEIRA PROPOSTA A principal alteração em relação a proposta apresentada em janeiro é a aplicação de uma tarifa diária — equivalente a uma passagem cheia de ônibus — de todos os veículos com placas de fora da cidade que acessassem à Capital. A proposta gerou polêmica e o prefeito disse que a mudança ocorreu após conversas com vereadores. A mudança do projeto consiste na cobrança de uma “tarifa de congestionamento e dano ambiental” para veículos que acessarem o Centro Histórico (exceto ambulâncias, carros oficiais, de moradores do bairro e transporte coletivo), no horário entre 7h e 20h. O valor do pedágio será equivalente a uma passagem, que atualmente é de R$ 4,70.
No caso de ser aprovado, a tarifa reverteria integralmente para o subsídio do transporte coletivo, o que representa uma redução de 34% do total da passagem (R$ 1,60). Tortoriello destacou que a tarifa de congestionamento, também conhecida como pedágio urbano, já é aplicada em cidades como Santiago (Chile), Nova York (EUA), Londres (Inglaterra), Estocolmo (Suécia) e Milão (Itália).
SEGUNDA E TERCEIRA PROPOSTAS
Outras propostas têm como objetivo ampliar a receita por meio de novas fontes para subsidiarem a tarifa, como a utilização de publicidade, compra de passe antecipado, estacionamento público, entre outras ações. Uma terceira proposta é a eliminação da intermediação de centros acadêmicos e grêmios estudantis na renovação da Cartão TRI para estudantes, o que, segundo a Prefeitura, agilizaria a solicitação.
QUARTA E QUINTA PROPOSTAS Uma quarta proposta seria a revisão da legislação municipal para facilitar a concessão de serviços públicos para a operação de novas tecnologias de transporte público, o que também é previsto na quinta e última proposta, que também permitiria a utilização de veículos menores em dias e horários com menor demanda de usuários.
ÔNIBUS MAIS BARATOS A expectativa da Prefeitura é que, com a aprovação desses projetos e mais as medidas do pacote anterior que permanecem na Câmara, seria possível reduzir a tarifa da cidade para R$ 2, o passe estudantil para R$ 1 e conceder passe livre para trabalhadores com carteira assinada.
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