Em comemoração ao dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a cantora homenageia a força da cultura e da mulher negra.
O show Cabocla, da cantora Lizza Dias e convidadas, reúne jongos, cocos, maracatus e ijexás, compostos por DJ MAM, Gegê de Itaboraí e Laercio Lino e outros. Para cultuar a ancestralidade, a luta da mulher negra e a diversidade rítmica popular brasileira, o espetáculo será apresentado no próximo dia 21 de julho (quinta), às 20h, no Teatro Renascença (Av. Erico Veríssimo, 307 - Menino Deus, Porto Alegre). Os ingressos estão à venda pelo site Sympla e no local de R$ 20,00 a R$ 36,00.
A atração do dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha vai contar com a participação das divas cantoras Haydée Guedes, Marietti Fialho, Renata Pires e Rhosangela Silverio e dos músicos João 7 Cordas e Vitor Rocha no violão, com apresentação da performance dos bailarinos Fininho Melo e Jacy Mola. O show contará com os músicos Machi Torrez na bateria, Nacho Seijas na percussão, Gilberto Oliveira na guitarra e Luizinho no baixo. No saguão do teatro teremos a presença dos Afros Empreendedores, trazendo seus acessórios, roupas temáticas para fortalecimento da cultura.
No show, Lizza vai apresentar músicas que estão no novo EP, como “Pra te adocicar”, composição de Laércio Lino e Flávio Moreira, um samba que ouviu pela primeira vez na Pedra do Sal, no Rio, encantando-se imediatamente. Uma rica mistura de samba com ijexá, “Eu cheguei na Mauá” é de autoria do DJ MAM, e tem a Zona Portuária e a raiz afro como temas, indo totalmente ao encontro da vivência da cantora gaúcha com a cultura afro no Rio Grande do Sul e, posteriormente, no Rio.
Já “Semeando o amanhã” é uma composição da cantora com Marcelo Lehmann, inspirada pela natureza e seus encantos. Composição de Marcelo Bizar e Silvio Silva, “Tambor” atravessa fronteiras, buscando no candombe, ritmo afro-uruguaio, sua inspiração e, de certa forma, uma homenagem que Lizza faz a sua própria genealogia, por ser neta de uma uruguaia. Do EP, serão apresentadas, ainda, o jongo “13 de Maio” e o ijexá “Eixo da imaginação”, do compositor Gegê de Itaboraí, da Velha Guarda da Portela, retomando sua adoração pela natureza e o respeito ao planeta.
Fazem parte também do repertório do show vários cocos de domínio público, incluindo o do candomblé, conhecido como “Coco Zé Pilintra”, e diversos jongos conhecidos em “Axé pra todo mundo”. Em “Cabocla Jurema”, de composição de Candeia - um forte ritmo afro influenciado pelo jongo e pelo candomblé - Lizza buscou inspiração na época em que trabalhou no Quilombo do Candeia, no Rio, juntamente com o Mestre Dinho, parceiro do compositor. A luta da mulher negra e sua resistência ao longo da História são temas em “Seu grito”, de Aurinha do Coco, e “Clementina no Morro”, fruto do seu trabalho de pesquisa sobre o maracatu e ritmos brasileiros, contando a história dos tambores, com foco na mulher guerreira, a Conceição.
A narrativa continua com “Zumbi”, de Gilberto Gil, dedicado ao líder Zumbi dos Palmares, e também em “Homenagem aos orixás”, composição de Dona Onete, que remete ao tempo da escravidão, quando as mulheres empunhavam suas lanças e lutavam junto com seus familiares. Da compositora gaúcha Delma Gonçalves, “Sunga, a nêga” traz elementos do hip-hop e do rap, dialogando com a modernidade, porém sem largar mão das raízes.
O evento tem Apoio Institucional do Centro Municipal de Cultura, Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues, da Prefeitura de Porto Alegre, Apoio Cultural da Stephanou Cultural e Paceiros Art Baco, Candombe POA, DDA Produções, Delma Gonçalves, Rádio Web Música na Pista e Veterana Cerveja Artesanal.
SOBRE LIZZA DIAS
Gaúcha de Porto Alegre (RS), Lisiane Dias começou a cantar ainda criança em festas da sua escola. Aos 16 anos obteve sua carteira de musicista profissional pela OMB – Ordem dos Músicos do Brasil, participando, logo em seguida, de um coral infantil no Quilombo do Paredão, no Rio Grande do Sul, onde também, por dois anos, ministrou oficinas. Fascinada pela cultura afro, descobriu-se filha de Yansã, passando a aprofundar sua ligação com a cultura africana e sua diversidade musical. No Sul do Brasil, cantou em grupos como “Afro-Tchê” (axé music) e “Toque Fatal”, com repertório variado de MPB e músicas internacionais. Participou ainda como backing vocal em shows de renomados cantores nacionais, como Alcione, Leci Brandão, Dudu Nobre e Almirzinho.
A partir de 2000, passou a se dedicar também à dança, realizando aulas de balé, jazz e dança afro no Grupo Afro Gaden, onde nasceu seu interesse pelo jongo. Morando no Rio de Janeiro desde 2007, Lizza Dias, como é conhecida no meio artístico, atualmente faz parte da companhia Ginga Tropical que se apresenta no Teatro Leblon, na Sala Fernanda Montenegro; do projeto Caboclinhas, se apresentando uma vez ao mês na Praça dos Estivadores (Zona Portuária do Rio); como também todas as quintas-feiras, ministra a oficina “Vivência do Jongo” na Casa da Tia Ciata, ensinando a história, passos e cantos ancestrais de antigos africanos que viveram em quilombos. Em 2020 foi agraciada com o Prêmio Ubuntu como cantora revelação, no Rio de Janeiro. Desde 2020, vive da sua música em ponte aérea Porto Alegre e Buenos Aires, na Argentina.
ROTEIRO:
Está Chegando o #ShowCABOCLA
Em comemoração do dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a cantora Lizza Dias e convidadas, homenageiam a força da cultura e da mulher negra
Dia: 21 de Julho de 2022
Horário: 20h
Local: Teatro Renascença (Av. Erico Veríssimo, 307 - Menino Deus, Porto Alegre)
Ingressos: R$ 36,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)
CHAVE DO PIX: celular 51982471722 de Eva Adriana da Silva Dias.
Enviar comprovante com o nome para lizzadias7@gmail.com
Venda pelo site: sympla.com.br/show-cabocla-lizza-dias-ritmos-brasileiros-__1619404