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Foto do escritorAlexandre Costa

LANÇADA NO FINAL DE ABRIL, REDE KATAHIRINE REÚNE MULHERES CINEASTAS INDÍGENAS DE 32 ETNIAS


O site jornalistaslivres.org publicou matéria sobre a primeira rede de mulheres indígenas que se dedicam a produções audiovisuais. A rede reúne 71 mulheres de 32 etnias e se chama Katahirine, palavra de origem Manchineri, cuja tradução é constelação, pluralidade, conexão e a união. A iniciativa conta com mulheres de todos os biomas, de diferentes regiões e que se uniram com o objetivo de fortalecer a luta dos povos originários por meio do audiovisual.


Apesar de pouco conhecida pelos próprios brasileiros, a produção indígena nesta área é muito rica. A Katahirine conta com profissionais reconhecidas no mercado audiovisual, como Graci Guarani e Olinda Wanderley Yawar Tupinambá, diretora e codiretora do projeto Falas Da Terra, da TV Globo, e Patrícia Ferreira Pará Yxapy, diretora de filmes que já participaram de festivais no Brasil e no mundo, como o Doclisboa, em Portugal, a Berlinale, na Alemanha, e o Margareth Mead Film Festival, em Nova York, nos Estados Unidos.


A Katahirine – Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas - foi lançada por meio de uma "live", no dia 29 de abril, no canal do Instituto Catitu no Youtube, com participação da Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. A rede nasceu a partir de um mapeamento inédito das cineastas indígenas no Brasil e a primeira iniciativa para dar visibilidade à produção audiovisual das mulheres indígenas foi o lançamento do site www.katahirine.org.br. O site funcionará como uma plataforma e cada cineasta terá uma página com seu perfil, biografia e suas produções.


CINEASTAS Graci Guarani, da etnia Guarani Kaiowá, é uma das cineastas indígenas com uma trajetória expressiva. É diretora do projeto Falas Da Terra da TV Globo (2021 e 2023) e uma das diretoras da série Cidade Invisível da Netflix. Este ano lança seu longa-metragem Horizonte Colorido.


Patrícia Ferreira Pará Yxapy, da etnia Mbyá-Guarani, é diretora de diversos filmes relevantes para o cinema indígena brasileiro. Já participou de festivais no Brasil e no mundo, como o Doclisboa em Lisboa, o Margareth Mead Film Festival em Nova York e apresentou sua primeira exposição individual, “Carta de uma mulher guarani em busca de uma terra sem mal” com seus filmes e desenhos, dentro da mostra do programa Forum Expanded em Berlim (2020).


Olinda Wanderley Yawar Tupinambá, da etnia Tupinambá/Pataxó Hã-Hã-Hãe, foi codiretora do especial “Falas Da Terra” na TV Globo em 2021. Entre documentários, ficção e performances, produziu e dirigiu 10 obras audiovisuais independentes. Participou das exposições “Atos modernos” e “Véxoa: Nós Sabemos”, na Pinacoteca de São Paulo.


Vanúzia Bomfim Vieira dirigiu o longa-metragem Força das Mulheres Pataxó da Aldeia Mãe (2019), exibido em diversos festivais e mostras. É mestre em Ensino e Relações Étnico-Raciais pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e atualmente trabalha com direção e produção de filmes relacionados aos movimentos indígenas.


Mari Corrêa é cineasta, diretora e fundadora do Instituto Catitu, referência na formação de cineastas indígenas no Brasil, sobretudo com mulheres indígenas. Criou o projeto de formação das mulheres indígenas no uso de linguagens contemporâneas de produção cultural para potencializar seu protagonismo e valorizar os saberes femininos. Mari iniciou seu trabalho audiovisual com comunidades indígenas em 1992, na Terra Indígena Xingu. A partir de sua experiência com formação audiovisual, desenvolveu uma metodologia de formação de cineastas indígenas no Brasil que resultou em mais de 40 filmes de autoria indígena.


Helena Corezomaé, da etnia Balatiponé (MT), é jornalista e assessora de comunicação do Instituto Catitu, mestre em antropologia social pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), escritora, repórter, editora e fotógrafa.


Sophia Pinheiro é educadora popular, artista visual e cineasta, com trabalhos exibidos dentro e fora do Brasil, doutora em Cinema e Audiovisual pela UFF e mestre em Antropologia Social pela UFG. Há quase 10 anos Sophia colabora e cria junto às mulheres indígenas cineastas com filmes e formações audiovisuais.


APOIO À REDE A Rede Katahirine recebe o apoio da Fundação Ford por meio do Projeto Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas, da Rainforest Foundation Noruega por meio do projeto Aliança dos Povos Indígenas e Extrativistas pelas Florestas do Acre e do Fundo de Direitos Humanos dos Países Baixos por meio do projeto Rede de Comunicação das Mulheres Pataxó. A rede planeja promover encontros entre as realizadoras de todo o país e organizar mostras, além de atuar no desenvolvimento de estratégias de fortalecimento do audiovisual indígena e na proposição de políticas públicas que atendam a produção do cinema feito pelas mulheres indígenas.


Leia a matéria no site dos Jornalistas Livres.

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