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Foto do escritorAlexandre Costa

JORNALISTAS SÃO HOSTILIZADOS E EXPULSOS DE CULTO EVANGÉLICO DURANTE AGENDA DA CAMPANHA DE BOLSONARO


Um grupo de jornalistas foi perseguido e hostilizado por dezenas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), após a Reunião de Obreiros e Pastores na Assembleia de Deus Madureira, realizada em São Paulo, na terça-feira (4 /10). A agência Sputnik Brasil registrou em vídeo a perseguição, que começou após a saída da comitiva do presidente do estacionamento no subsolo do templo, no bairro do Brás.

Os jornalistas foram cercados por centenas de fiéis, apoiadores de Bolsonaro. Uma equipe da Rede Globo foi perseguida e precisou se abrigar em um estacionamento na esquina entre as ruas Coimbra e Feliciano Pinto. A reportagem da Sputnik Brasil e um fotógrafo também foram hostilizados. Os jornalistas foram amparados por um pequeno grupo de pessoas ligadas à igreja Assembleia de Deus, que auxiliou na proteção dos profissionais durante o trajeto até o estacionamento enquanto os apoiadores os perseguiam. Uma das fiéis que ajudou a proteger os jornalistas se mostrou indignada com a situação e afirmou aos profissionais que aquilo "não representava os cristãos" da igreja.


De acordo com a reportagem do Jornal Folha de S. Paulo, antes de Bolsonaro subir ao púlpito para falar aos fiéis que lotavam a igreja, o bispo ameaçou processar os jornalistas que registrassem o culto sem autorização. “Receberemos aqui algumas autoridades que foram convidadas por nós. Somente esses e membros da igreja podem permanecer aqui”, afirmou o bispo. “Se algum órgão de imprensa não autorizado estiver presente saiba que está atrapalhando o bom andamento desta assembleia e saiba que pode ser processado por atrapalhar o culto em local que é guardado pela Constituição. […] Esse é um assunto de família”, completou.


No momento em que Bolsonaro subiu ao púlpito, seguranças da igreja pediram aos fiéis que desligassem os celulares. Uma fotojornalista da agência Reuters foi expulsa do culto. Depois, uma equipe da Globo foi vaiada por apoiadores de Bolsonaro e teve de deixar o local escoltada por seguranças.



Com informações do Jornal Folha de S. Paulo e Agência Sputnik Brasil.

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