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IBGE REVELA QUE APÓS O IMPEACHMENT DE DILMA A FOME AUMENTOU E ATINGE 85 MILHÕES DE BRASILEIROS

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou nesta quinta-feira (17/9) os resultados da pesquisa “Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018: Análise da Segurança Alimentar no Brasil”. Se os dados do levantamento realizado pelo IBGE forem traduzidos para o cenário político, a conclusão é de que a fome aumento no país após a derrubada da ex-presidenta Dilma Rousseff. A pesquisa indica que 85 milhões de pessoas se enquadravam no mapa da fome. Dos 68,9 milhões de domicílios no país, 25,3 milhões (36,7%) estavam com algum grau de insegurança alimentar. O indicador que avalia a situação alimentar dos brasileiros vinha melhorando desde 2004, conforme dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e que integram a análise do IBGE.

Em 2004, 34,9% dos domicílios tinham algum grau de insegurança (leve, moderada ou grave). Em 2009, cai para 30,2% e em 2013, para 22,6%. Os casos considerados graves passaram de 6,9%, naquele ano, para 5% e 3,2%, respectivamente. Agora, subiu para 4,6%, sendo 7,1% na área rural e 4,1% na urbana. De acordo com o IBGE, os dados demonstram que a fome passou a fazer parte da vida de uma parcela maior da população brasileira. Em 2004, a segurança alimentar prevalecia em 65,1% dos domicílios, aumentando, em 2009, para 69,8%, e chegando a 77,4% em 2013. Na pesquisa divulgada nesta quinta-feira, o percentual cai para 63,3%, ficando abaixo do registrado em 2004.


REGIÕES

Dos 68,9 milhões de domicílios estimados, 59,4 milhões estavam em área urbana e 9,5 milhões, em área rural. A segurança alimentar era de 64,9% no primeiro caso e de 53,6% no segundo. Nas regiões Norte (43%) e Nordeste (49,7%), menos da metade dos domicílios tinha “acesso pleno e regular aos alimentos”. O indicador era melhor nas regiões Centro-Oeste (64,8%), Sudeste (68,8%) e Sul (79,3%).

ESGOTO, GÁS E ENERGIA ELÉTRICA

Nos domicílios com insegurança moderada ou grave, menos da metade tem rede de esgoto. As famílias usavam lenha ou carvão para preparar alimentos em 30% das moradias com insegurança moderada e 33,4% nos casos graves. Também nessa última situação, só 33,5% usavam energia elétrica. Entre as moradias com segurança, 98% usavam gás encanado ou de botijão. Já entre aquelas com insegurança, 96,9% não usavam.

RAÇA E GÊNERO

Nos domicílios com insegurança grave, as mulheres era referência em mais da metade (51,9%). Isso acontece também no recorte racial. Os brancos eram referência em 51,5% dos domicílios com segurança alimentar. Os pardos (classificação do IBGE) predominavam entre aqueles com insegurança grave (58,1%).


Definições do IBGE Segurança Alimentar

Reflete o pleno acesso dos moradores dos domicílios aos alimentos, tanto em quantidade suficiente como em qualidade adequada. Insegurança Alimentar Leve

Há preocupação com o acesso aos alimentos no futuro e já se verifica comprometimento da qualidade da alimentação, ou os adultos da família assumem estratégias para manter uma quantidade mínima de alimentos disponível aos seus integrantes. Moderada

Nesse nível de insegurança alimentar os moradores, em especial os adultos, passaram a conviver com restrição quantitativa de alimentos no período de referência. Grave

Significa que houve ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo, quando presentes, as crianças.

 
 
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