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GLAUBER BRAGA ESCULACHA BIBO NUNES POR RIR DE TORTURA SOFRIDA POR MIRIAM LEITÃO NA DITADURA MILITAR

Foto do escritor: Alexandre CostaAlexandre Costa

Ao utilizar o plenário da Câmara dos Deputados, na terça-feira (5/4), Bibo Nunes (PL-RS) demonstrou o nível deplorável dos parlamentares que compõem a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro. De forma irônica e em tom de piada, o gaúcho fez coro ao comentário do seu colega e correligionário deputado Eduardo Bolsonaro que debochou da jornalista Miriam Leitão, do grupo Globo, por ter sido torturada durante a ditadura militar. Bibo Nunes afirmou que tudo não passava de uma jogada psicológica. "Não havia cobra alguma e os policias ou quem cuidava riram. Riram por que? Porque não tinha cobra, entendeu?”, gargalhou o parlamentar.

Em seguida, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) subiu ao plenário e chamou Bibo Nunes de “néscio”. Por alguns instantes, o parlamentar gaúcho ficou visivelmente sem reação. Ao que tudo indica, paralisado diante de um termo pouco comum, mas que lhe coube como uma luva. O termo empregado por Glauber foi tão preciso que alguns deputados da oposição passaram a chamar o deputado gaúcho de Néscio Nunes. O dicionário classifica como desprovido de conhecimento, de discernimento; estúpido, ignorante ou aquele que não tem aptidão ou competência, incapaz e inepto.


O deputado Glauber Braga disparou: “o que faz defendendo essa posição do deputado Eduardo Bolsonaro é ser da mesma laia dele. O senhor tá sim defendendo tortura na ditadura”, afirmou o deputado carioca.

No domingo, Eduardo Bolsonaro postou uma mensagem no twitter, com objetivo de atingir Miriam Leitão. "Ainda com pena da cobra", escreveu o deputado, referindo- às torturas que a jornalista sofreu durante a ditadura militar. O deboche do filho do presidente é uma resposta à comparação que a jornalista fez sobre Lula e Jair Bolsonaro, na qual afirmou que os dois não são iguais, pois Bolsonaro é inimigo confesso da democracia.


Em 2014, Miriam Leitão relatou ter sido vítima de tortura durante a ditadura militarem. "Dois dias depois de ser presa e levada para o quartel do Exército em Vila Velha, cidade próxima a capital Vitória, no Espírito Santo, a jornalista que na época era militante do PCdoB, foi retirada da cela e escoltada para o pátio. Seu suplício, iniciado no dia 4 de dezembro de 1972, até ali já incluía tapas, chutes, golpes que abriram a sua cabeça, o constrangimento de ficar nua na frente de 10 soldados e três agentes da repressão e horas intermináveis trancada na sala escura com uma jiboia. A caminho do pátio escuro, os torturadores avisaram que seria último passeio, como se a presa estivesse seguindo para o fuzilamento", relatou em reportagem

“Se bolsonarista tá pensando que vai pra esse plenário, subir a essa tribuna pra naturalizar a tortura esta muito enganado, porque deputado néscio, o senhor é no mínimo um daqueles bolsonaristas que merece a lata de lixo da história. A minha boca eu não sujo falando seu nome”, advertiu o deputado do PSOL.

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