GLAUBER BRAGA (PSOL-RJ) ENCERROU GREVE DE FOME APÓS ACORDO COM PRESIDENTE DA CÂMARA HUGO MOTTA

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) encerrou a greve de fome, no início da noite de quinta-feira (17/4), após o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), garantir que antes dos 60 dias previstos pelo prazo regimental o caso não irá a plenário. Seja qual for o resultado da análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Glauber terá o direito de exercer sua defesa, após o período de dois meses.

O anúncio de Motta foi feito após negociação com a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que é mulher de Glauber, e com o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, deputado federal do Rio de Janeiro.  A greve de fome, que iniciou no dia 9 de abril, foi a forma que Glauber encontrou de protestar contra o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados por recomendar a cassação do seu mandato. Glauber Braga ficou oito dias em greve de fome, acampado no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, como forma de protesto contra a recomendação de ser cassado. Durante esse período, o deputado do PSOL recebeu a solidariedade de milhares de pessoas de norte a sul do Brasil. O apoio a Glauber desencadeou um movimento entre colegas parlamentares, lideranças políticas, ministros do Governo Lula, representantes de movimentos sociais e populares, além de artistas e intelectuais consagrados no país. ACUSAÇÃO CONTRA GLAUBER

Em abril de 2024, Glauber se tornou alvo de uma representação no Conselho de Ética da Câmara por ter expulsado, com alguns pontapés e empurrões, um provocador que o atacou e ofendeu a mãe do parlamentar, gravemente doente naquele momento, e que veio a falecer semanas depois. o agressor, Gabriel Costenaro, é um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) que costuma perseguir figuras da esquerda brasileira, com câmera em punho, com o intuito de ofender, constranger e publicar em suas redes sociais – prática que já tinha sido inclusive denunciada à Polícia por parte de Glauber.