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GERAÇÃO 68 VAI ÀS RUAS PELO IMPEACHMENT DE BOLSONARO E EM DEFESA DA VACINA PARA TODOS OS BRASILEIROS


A chamada Geração 68 esteve à frente dos movimentos políticos de resistência à ditadura militar, na linha de frente da luta armada e nas atividades que levaram ao restabelecimento da democracia no Brasil. Indignados com o negacionismo do governo do presidente Jair Bolsonaro, que já resultou em mais de 480 mil mortes por covid-19 no país, estes senhores e senhoras decidiram voltar às ruas. Além de participarem dos protestos do próximo sábado, dia 19 de junho, eles estão organizando uma manifestação nacional, no sábado seguinte, dia 26 de junho, com a realização de atos políticos e culturais nas capitais e nas maiores cidades brasileiras.


Em Porto Alegre, o encontro da geração de 68 com os jovens de hoje será realizada no Monumento ao Expedicionário, no Parque da Redenção, a partir das 10h30min, com manifestações políticas e atividades culturais.

DATA LEMBRA DA PASSEATA DOS 100 MIL NO RJ

A data é uma referência à passeata dos 100 mil, realizada há 53 anos, no Rio de Janeiro, e que entrou para a história do Brasil como um dos maiores protestos contra a ditadura militar no país. A manifestação foi organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e reuniu estudantes universitários e secundaristas, professores, artistas, representantes da Igreja Católica, entre outros. A multidão caminhava de braços dados pela Avenida Rio Branco, em seguida dobrou à direita na Avenida Presidente Vargas, na direção da Igreja da Candelária, e se dirigiu ao Palácio Tiradentes, que até 1960 sediava o Congresso e em 1968 abrigava a Assembleia Legislativa.

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES

A passeata dos 100 mil inspirou Geraldo Vandré e ficou eternizada na letra de Pra não Dizer que não Falei de Flores (Caminhando), que se tornou um hino contra a ditadura militar: “Somos todos iguais, braços dados ou não”.

Criado em 1966, com o objetivo de projetar a MPB, o Festival Internacional da Canção (FIC) se tornou parte integrante do calendário oficial da Secretaria Estadual de Turismo do Rio de Janeiro e conquistou o Brasil. A edição de 1968 entrou para a história. Na etapa paulista, Caetano Veloso foi vaiado no Teatro Tuca quando cantou com Os Mutantes a música É Proibido Proibir, de sua autoria. Quando o público virou-lhe as costas, o cantor proferiu um discurso que se tornou célebre. Mas a vaia a Caetano Veloso não foi nada se comparada ao intenso protesto quando do anúncio dos vencedores. O público ficou inconformado com a escolha de Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque de Hollanda, interpretada por Cynara e Cybele. Mais de 20 mil pessoas vaiaram a decisão dos jurados, contrariando o público que torcia por Para Não Dizer que Não Falei de Flores. A música de Geraldo Vandré, interpretada pelo próprio autor, ficou notabilizada como hino contra a repressão política da época,


SEXTA-FEIRA SANGRENTA

Cinco dias antes, no dia 21 de junho, uma outra manifestação entrou para a história, mas pela violência e pela repressão. A “sexta-feira sangrenta”, como ficou conhecido aquele protesto, será lembrado como um dia que a população tentou resistir à violência policial. No dia 28 de março, outro fato já anunciava que os tempos seriam sombrios. Estudantes do Rio de Janeiro estavam organizando uma passeata-relâmpago para protestar contra a alta do preço da comida no restaurante Calabouço, que deveria acontecer no final da tarde do mesmo dia. Por volta das 18 horas, soldados invadiram o Calabouço, no centro do Rio, e um deles disparou contra o estudante Edson Luís de Lima Souto, que morreu na hora.


A ditadura estava perdendo a batalha das ruas. Por isso, os militares precisavam impedir a realização de manifestações populares. A utilização da violência para reprimir as manifestações não era suficiente para calar o país. Os protestos de 1968 no Brasil foram sufocados após a promulgação do Ato Institucional nº 5, no dia 13 de dezembro daquele ano, dando início ao período mais repressivo e violento do regime.


CARTA ABERTA

Às brasileiras e aos brasileiros, aos movimentos sociais, partidos, sindicatos, centrais, ONG’s, organizações da sociedade civil, redes e a todas(os) que estejam dispostas(os) a lutar pelo Direito à Vida e pela Democracia.


Somos parte da Geração 68, uma das gerações que ao longo do tempo participaram de inúmeras passeatas e lutaram contra a Ditadura Militar e por um Brasil mais justo e igualitário.


Nesse momento, no ano de 2021, estamos agregando forças para lutar pelo Direito à Vida, contra o genocídio em curso, pela interdição do governo do presidente que intencionalmente tem induzido a morte de milhares de brasileiros, pelo direito do povo de viver e de ter esperança.


Nosso país já tem mais de 400 mil mortos em fins de abril. Em maio poderá chegar a meio milhão de óbitos. Conjugada à pandemia, pela inépcia governamental, se abateu sobre os segmentos mais fragilizados a miséria e a fome. Quantos ainda terão de morrer pelo negacionismo do governo federal?


Assinar esta carta não representa apenas um desejo de viver, mas de lutar para proteger as pessoas que amamos, a economia local e nacional, um futuro melhor sem o risco mortal de uma doença que assola todo o planeta.


Todos sabemos que o epicentro da pandemia, o maior aliado da propagação do vírus, é o atual presidente da república e seu governo, sendo o único dirigente do mundo a sabotar a política de vacinação, deixando de adquirir vacinas quando elas estavam disponíveis. Tornou o Brasil em berçário de variantes do coronavírus e uma ameaça não apenas para a nossa população como para o mundo inteiro.


Assinar esta carta representa igualmente lutar pela democracia que tem sido cotidianamente ameaçada pelo atual governo desde que tomou posse. Significa, ainda, lutar contra a violência que está presente no país aniquilando jovens pobres, pretos e os povos originários.


Deste modo, participamos e convidamos todos os movimentos organizados e a população em geral a se unirem nesta luta, pela vida e pela democracia, que é de todo o povo. Iremos, em princípio, realizar uma manifestação pública - com toda a segurança sanitária necessária frente à pandemia - em diversas cidades do país no dia 26 de junho.


Nesta data serão comemorados os 53 anos da gigantesca passeata dos 100 mil no Rio de Janeiro. Se, então, gritávamos ‘Abaixo a Ditadura!’, hoje gritaremos em alto e bom som que ‘Ditadura Nunca Mais!’.


Estamos dispostos a participar de qualquer outra manifestação, em qualquer outra data, que tenha os mesmos objetivos que expusemos acima.


Esperamos encontrá-la(o) na manifestação, ou através das redes sociais, unindo forças pelo direito à vida e pela democracia.


POR UM AUXILIO EMERGENCIAL DE R$ 600 PELA DEMOCRACIA SEMPRE.

DITADURA NUNCA MAIS! BASTA DE GENOCÍDIO!

FORA BOLSONARO! Assine a carta no formulário: https://forms.gle/CsKdgH16zkjPFWFM7 Curta nossa página: https://www.facebook.com/geracao68semprenaluta/




 
 
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