
A assessoria de imprensa do Fórum Social Mundial sobre Justiça e Democracia (FSMJD) divulgou nota pública, na quarta-feira (12/01), informando o adiamento do encontro que seria realizado de 26 a 30 de janeiro, em Porto Alegre. De acordo com o Comitê Facilitador, as atividades presenciais foram adiadas em função da proliferação de casos da variante Omicron/SARS-COV-2, no Brasil e em diversos outros países.
"Acreditamos que, a despeito do nosso imenso desejo de ocupar ruas e avenidas para tornar a nossa resistência palpável, a responsabilidade em fazer a política da vida é maior. A variante Omicron/SARS-COV-2, somada ao amplo contágio por vírus gripais, torna os cuidados preventivos questão central na política de saúde pública do país", esclarece a nota, informando ainda que não há definição de novas datas para o encontro, que deve ser realizado de forma presencial.
"Tal decisão foi tomada com muita seriedade e diálogo com entidades que constroem coletivamente o movimento. Contemos em nós a expressão de força de quase 200 instituições dos múltiplos segmentos da sociedade organizada, que, além de participarem da construção das atividades promovidas pelo próprio Fórum Social Mundial sobre Justiça e Democracia, inscreveram mais de 120 atividades autogestionadas, todas com temas de extrema importância. Vamos somar nossos esforços aos brasileiros e brasileiras que estão na linha de frente dessa luta seja como profissional da saúde, seja como vítima da doença", informa a nota assinada pelo Comitê facilitador do FSMJD.
FÓRUM SOCIAL DAS RESISTÊNCIAS - 2022 Da mesma forma, a organização do Fórum Social das Resistências (FSR) 2022 adiou a realização das atividades presenciais que aconteceriam no final de janeiro. O adiamento transferiu o FSR para os últimos dias de abril (26 até 30). Porém, ficam mantidas atividades virtuais nos dias 27 até 30 de janeiro, com convidados nacionais e internacionais para discutir uma agenda de lutas a ser implementada nos próximos 100 dias. O ajuste nas datas e na programação das atividades virtuais serão discutidos em nova plenária de organização, que será realizada na próxima quarta-feira (19). Também em nota oficial, as organizações e movimentos sociais envolvidos no processo de organização do FSR afirmam que o motivo da transferência é o agravamento do quadro epidemiológico em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil. Afirmam também que o quadro é resultado da péssima gestão no manejo da pandemia dada pelo governo Bolsonaro, que, segundo a nota, têm ignorado as orientações e os alertas do Conselho Nacional da Saúde (CNS), de profissionais da saúde e da comunidade científica.