FOTO:divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
Oito das 21 metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra, em Barueri, na Grande São Paulo, foram recuperadas na quinta-feira ( 19/10), na Gardênia Azul, na zona oeste do Rio, pela Polícia Civil. São quatro metralhadoras .50 e outras quatro calibre 7,62 mm. As outras 13 armas continuam desaparecidas e 160 militares seguem sem permissão para deixar o quartel, enquanto prossegue as investigações. Foi instaurado um Inquérito Policial Militar, que corre em sigilo, no qual um cabo e quatro civis são suspeitos.
As armas foram desviadas por furto com participação de militares e o crime aconteceu entre 6 e 8 de setembro. As metralhadoras estavam danificadas, sem condições de uso para o Exército. Devido ao alto poder de fogo, metralhadoras .50 passaram a ser cobiçadas por organizações criminosas organizadas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), que possuem armeiros especializados.
A comunidade da Gardênia Azul, na zona oeste do Rio, tradicionalmente foi um espaço ocupado pela milícia que recentemente se aliou ao Comando Vermelho. No local, foi encontrado na semana retrasada o corpo de um dos suspeitos de envolvimento no ataque que matou três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca. A Gardênia Azul fica ao lado da Cidade de Deus, favela que é reduto do Comando Vermelho.